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Mais de um mês após se afastar do cargo para tratamento médico em São Paulo, o deputado Dudu Hollanda (PSD) retornou à Assembleia Legislativa, na tarde desta terça-feira, 8, e reassumiu a cadeira que estava sendo ocupada por seu suplente Cícero Cavalcante (PMDB). Na tribuna, Hollanda agradeceu o apoio de todos os parlamentares presentes e fez menção ao governador de Alagoas, a quem se referiu como "meu amigo Renan Filho".
"Não esquecerei o que você fez por mim", disse ao se referir ao suporte que recebeu do governador, quando precisou ser levado para São Paulo para tratamento psiquiátrico.
Pelo comportamento agressivo que apresentava às vésperas da licença, inclusive com ameaça feita a um internauta em uma rede social, Dudu explicou que estava no seu limite, após enfrentar a campanha para a reeleição e não ter parado para descansar. "Estava sem tempo para cuidar de mim, da minha saúde", disse. "Psicologia não é fácil", complementou em outro trecho do discurso.
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Em seu pronunciamento, ele confirmou que recebeu ameaças e que a pessoa que o ameaçou teria ofendido sua mãe com xingamentos. "Façam tudo na vida, mas não falem da minha mãe. Eu viro um leão e devoro qualquer bicho na minha frente. A honra da minha mãe não pode ser afetada", disse Dudu Hollanda, que garantiu estar em condições de retomar a cadeira.
"Não guardo mágoa nem guardo rancor. Me preparei agora em São Paulo, fiz um grande tratamento, fiz um checkup, recebi alta do psiquiatra", disse ele.
Durante todo o seu pronunciamento, o deputado Dudu Hollanda falou com voz embargada e em tom emocionado. Citou a sua idade, 39 anos, fez questão de se referir aos 20 anos de mandato, durante os quais nunca perdeu uma eleição, lembrou do avô, que não permitia que as mulheres da família disputassem cargo político por causa dos termos pejorativos usados pelos homens, e lembrou de brigas que o fizeram chegar às vias de fato. "Uma delas, na Musique, quando fui insultado e essa pessoa que me insultou se deu mal", disse o parlamentar.
Dudu Hollanda encerrou sua fala citando trecho de um poema que ele afirma ser do escritor e poeta paraibano José Américo de Almeida: "Voltar é renascer/ Ninguém se perde no caminho de volta".
