Polícia

Família de pecuarista não reconhece corpo achado em Pilar, mas perícia fará exames

01/09/17 - 10h57
TNH1

A família do agropecuarista Cristóvão Rodrigues, desaparecido desde o dia 3 de agosto, esteve na sede do Instituto Médico Legal (IML), no bairro do Prado, na manhã desta sexta-feira (1), onde fez um reconhecimento do corpo, encontrado na noite de ontem, numa fazenda no município de Pilar.

O filho dele, Clayton Rodrigues, afirmou ao repórter Alberto Lima, da TV Pajuçara, que o corpo não é do pai dele. Ainda assim, servidores da Perícia Oficial do Estado foram ao IML, na manhã desta segunda-feira (01), para coletar material para exames de necropapiloscopia, ou seja, identificação pela impressão digital, em dois cadáveres, um dele o encontrado em Pilar.

Assista ao vídeo:

De acordo com o diretor da Perícia, Manoel Messias, ele se adiantou a um possível pedido da polícia devido ao desaparecimento do agropecuarista. 

“Assim que soube desse corpo, encontrado em Pilar, eu já me adiantei e já mandei uma equipe de necropapiloscopia para fazer esse exame. Porque a perícia não trabalha com reconhecimento (sem o exame). Tem que ser identificado através de prova científica”, afirmou o diretor.

Segundo ele, há dois corpos aguardando identificação no IML. “Não sei dizer quando esse segundo corpo foi encontrado. Mas a requisição [para identificá-los] tem que ser feita oficialmente pela Justiça, Ministério Público ou polícia e a solicitação através da família”, explicou.

Família de agropecuarista sob expectativa de resultado

O TNH1 conversou na manhã de hoje com o outro filho do agropecuarista, Chistiano Rodrigues, que disse ter participado de uma reunião com membros da Secretaria de Segurança Pública (SSP), que afirmaram estar investigando o caso.

“Ontem, nós nos reunimos com o secretário adjunto de Segurança Pública, com o delegado geral de Polícia Civil e com o delegado que investiga o caso numa reunião rápida. Foi mais uma forma de o governador mostrar que está sensível ao caso”, afirmou.

O desaparecimento é investigado por uma comissão de delegados da Divisão Especial de Investigação e Captura (Deic), composta pelos delegados Guilherme Iusten e Vinícius Ferrari, além do coordenador Mário Jorge Barros.

Ferrari explicou que a família pode ir ao IML para solicitar o reconhecimento do corpo e, caso necessário, a realização de exames. “Não vimos o corpo, mas o reconhecimento também pode ser feito por outros detalhes, como roupas, sapatos e outros detalhes, muito embora só quem vai dar a certeza disso são os exames mesmo. Mas a família pode ir ao local para fazer o reconhecimento”, pontuou.