A família do soldado alagoano Cristyano Rondynelli Gomes Melo, morto por um colega de farda, vai processar a Polícia Militar do Estado de Sergipe (PMSE). Eles questionam o fato de o suspeito, Matias da Silva, continuar atuando como sargento. Ele chegou a ser preso em flagrante, mas a Justiça de Sergipe concedeu liberdade provisória .
Cristyano Rondynelli foi morto a tiros no último dia 19, quando voltava de festa de confraternização. Em nota encaminhada à imprensa, o advogado do suspeito pelo crime alegou que ele estaria embriagado e sofreu um surto.
"Nossa revolta é com o Matias, mas também com o Estado de Sergipe. Policiais que conhecem o Matias vieram até a gente e disseram que ele já se envolveu em vários problemas a até já atirou nos testículos de um rapaz. Queremos saber o porque desse homem que diz ter problema, ter laudo, está exercendo função na polícia e andando armado", questionou a irmã do soldado, Lidiane Melo em entrevista ao TNH1.
A irmã do soldado questiona ainda a falta de suporte da Polícia Militar do Sergipe para com os familiares do combatente. "Até o momento não fomos procurados pela corporação, não houve nenhum tipo de assistência. Recebemos visitas de amigos do meu irmão que vieram enquanto companheiros de trabalho para prestar solidariedade, mas enquanto corporação nada chegou", lamentou.
"Soubemos de alguns episódios violentos envolvendo o Matias, mas provavelmente não são registrados. Não será assim com o meu irmão, nós queremos saber dele e também da polícia. Meu irmão era um homem íntegro e toda a família está muito abalada. Esse tiro que atingiu meu irmão da cabeça não foi intencional e nós queremos saber o motivo", acrescentou Lidiane Melo.
Natural de Santana do Ipanema, o soldado Cristyano Rondynelli tinha 34 anos e estava na Polícia Militar de Sergipe desde 2015. Ele deixou esposa e dois filhos.
Rondynelli era combatente na PM de Sergipe desde 2015. Foto: Cortesia ao TNH1
Nota de pesar
No dia seguinte ao ocorrido, a Polícia Militar de Sergipe emitiu uma nota de pesar, onde se solidarizou e se colocou à disposição de familiares do soldado.
"O soldado Rondynelli ingressou na Corporação em 2015 e durante cinco anos cumpriu o seu dever como policial militar e defensor da sociedade. Atualmente ele estava lotado no 7º Batalhão. Neste momento de dor e de perda, a PMSE se solidariza com familiares e amigos do soldado e se coloca à disposição. Muito respeitosamente, prestamos as nossas condolências e deixamos os nossos mais sinceros pêsames", trouxe a nota.
A reportagem entrou em contato com a Polícia Militar do Estado do Sergipe, que informou ter dado toda a assistência inicial de competência da corporação. No mais, segundo a PMSE, a orientação é para que a família procure a instituição.