Jornalista Josias de Souza, no portal UOL:
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“Fustigado por Lula, que promete extinguir o orçamento secreto se for eleito, Arthur Lira teria razões para estar aborrecido com o favoritismo do candidato petista na corrida presidencial. Mas a turma do centrão não fica com raiva. Fica com tudo. O presidente da Câmara já acena para Lula.
O cacique do centrão falou para uma plateia reunida pelo banco BTG Pactual. A certa altura, perguntaram a Lira como seria sua relação com Lula caso o pajé do PT vença Bolsonaro. E Lira: ‘Meu compromisso [com a governabilidade] é muito maior do que com qualquer permanência no cargo de presidente ou não.’
Lira lembrou que sua presidência vai até fevereiro de 2023. Ou seja: Vencendo em outubro, Lula terá que aturá-lo por três meses – dois na fase de transição e um depois da posse. Isso, claro, se não for reconduzido ao cargo, como deseja.
O deputado soou como se duvidasse da capacidade de Lula de cumprir a promessa de acabar com o orçamento secreto num eventual terceiro mandato.
‘Para o presidente Lula mudar essa realidade, aí talvez [seja] uma luta maior do que eleger um [outro] candidato à presidência da Câmara.’
É como se Lira, ex-sócio do PT no petrolão, avisasse a Lula que o centrão não perde por esperar. Ganha.”
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