Polícia

Funcionária do TJ-AL suspeita de vazar informações policiais é presa em Arapiraca

06/08/18 - 07h17
A mulher trabalha na 8ª Vara Criminal de Arapiraca

Uma funcionária do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) suspeita de vazar informações sigilosas de uma operação policial realizada no dia 26 de julho, foi presa na manhã desta segunda-feira (06), no município de Arapiraca, Agreste de Alagoas.

A mulher foi afastada do cargo até que se concluam as investigações. Ela trabalha na 8ª Vara Criminal de Arapiraca e foi presa durante cumprimento de mandado de prisão expedido pela 17ª Vara Criminal, realizado por agentes da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic).

Segundo o delegado Thiago Prado, que participou da prisão, pessoas deixaram de ser presas por causa do vazamento de informações da servidora do TJ-AL.

A operação que foi prejudicada tinha o objetivo de cumprir mais de 20 mandados policiais em Arapiraca contra envolvidos em homicídio, tráfico e roubo.

“Nós queremos resgatar a imagem do Poder Judiciário que não pode ficar abalada por conta de um caso isolado de uma servidora”, ressaltou Prado.

A funcionária foi encaminhada para a Deic, onde prestará depoimento. Após isso, fará exame de corpo de delito no IML e será encaminhada para o presídio feminino Santa Luzia, no Complexo Penitenciário, na parte alta de Maceió.

Por meio de nota, a assessoria do TJ continuará tomando medidas para apurar as possíveis infrações e que já determinou a exoneração da servidora.

"NOTA OFICIAL SOBRE PRISÃO DE SERVIDORA

Tendo em vista os recentes fatos que culminaram com a decretação da prisão da servidora da 8ª Vara Criminal de Arapiraca, o Tribunal de Justiça de Alagoas vem a público esclarecer que o Judiciário, por meio da Presidência e da Corregedoria-Geral da Justiça, tomou e continuará tomando todas as medidas administrativas e judiciais cabíveis para apurar as possíveis infrações cometidas, observando-se o devido processo legal. Cumpre informar que, a pedido do Juiz daquela unidade judiciária, a Presidência desta Corte já determinou a exoneração da servidora em questão do cargo em comissão que ela ocupava. 

O Tribunal de Justiça reitera sua postura de não tolerar qualquer ato que vise prejudicar o trabalho das autoridades policiais e judiciais".