Contextualizando

“Fundão Eleitoral”, benefício para poucos pelo qual todos nós pagamos

Em 25 de Agosto de 2022 às 08:02

O Partido dos Trabalhadores (PT) está usando R$ 66,7 milhões do Fundão Eleitoral, criado com recursos da União, para bancar o primeiro turno da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República.

Já o Partido Liberal (PL) está investindo R$ 5 milhões na campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro.

Para se ter ideia do desperdício com o dinheiro do contribuinte brasileiro, aqui em Alagoas tem partido que destinou cerca de R$ 2 milhões para cada um dos seus candidatos a deputado federal.

Isso inclui os chamados “poca urna”, que estão disputando apenas para dar legenda aos reais concorrentes ou para garantir ao partido as cotas mínimas de mulheres ou de afro descendentes.

Não é a toa que existe quem dispute eleição de dois em dois anos como forma, na verdade, de fazer caixa para adquirir patrimônio ou simplesmente melhorar suas condições de vida.

“Esse dinheiro do Fundão Eleitoral só pode ser gasto com despesas de campanha”, alguém pode alegar, o que é absolutamente correto.

Como é certo, igualmente, que o “jeitinho brasileiro” sempre possibilita burlar os reais objetivos desses recursos, destinando-os a fins nada republicanos.

Proibir as doações de empresas privadas para as campanhas eleitorais foi um grande erro do legislador, já que o uso de recursos públicos, como prevê o “Fundão”, é mais um “avanço” no bolso do cidadão de um país que já aplica uma das maiores cargas tributárias do mundo.

O “Fundão Eleitoral” é tão bom para os candidatos que até os partidos de oposição votaram pela sua implantação. Raros foram os parlamentares que se posicionaram contra.

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