O general Maynard Marques de Santa Rosa foi um dos poucos militares a se manifestar sobre os acontecimentos de 8 de janeiro em Brasília, em que manifestantes foram presos por envolvimento, direto ou indireto, com a invasão e depredação dos prédios do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional.
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Alagoano, nascido na cidade sertaneja de Belém, em 1944, o general é sobrinho do lendário Edvaldo Alves de Santa Rosa, o Dida, atacante que marcou época no CSA, no Flamengo e na Seleção Brasileira – até antes da Copa de 1958, na Suécia, Pelé era seu reserva.
São do general Maynard as afirmações que se seguem:
“Os infaustos de 8 de janeiro parecem ter sido maquinados para justificar o obscurantismo de uma repressão implacável e ilegal.
Centenas de inocentes seguem ainda confinados, à margem das garantias constitucionais, para exemplo perverso a milhões de outros brasileiros descontentes.
Inibindo o povo de exercer a própria soberania, instalou-se no país a paz doa pântanos, polífica de miasmas de ódio, insegurança jurídica e desesperança. Nestas condições não pode haver harmonia e, muito menos, governabilidade…
Passado o ciclo revolucionário, a ausência de um projeto de futuro deu espaço às políticas errantes de cunho populista que vêm transformando o nosso país em uma autarquia clientelista de fundo fascista…
Como não pode um sonho intenso, um raio vívido de amor e esperança permanecer eternamente sufocado, após a catarse em curso e sob o influxo do exemplo histórico, haverá novamente de brilhar o sol da liberdade em raios fúlgidos, para que o Brasil reencontre o caminho da prosperidade e do progresso.”
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