por Pedro Acioli*
Publicado em 20/10/2025, às 09h41
O júri popular de Leandro dos Santos Araújo, acusado de assassinar sua sogra Flávia dos Santos Carneiros com 20 facadas e ocultar o corpo em uma geladeira, começou no Fórum do Barro Duro em Maceió. O pai do réu, Ademir da Silva Araújo, também será julgado por ajudar na remoção do cadáver.
O promotor de Justiça sustenta que o crime foi motivado por um motivo fútil, caracterizando homicídio triplamente qualificado e feminicídio. Leandro confessou o crime e implicou sua namorada de 13 anos e seu pai na ocultação do corpo, alegando que a motivação foi a desaprovação da sogra ao relacionamento.
O crime foi descoberto após um motorista de frete denunciar que havia transportado pai e filho até uma área de mata, onde a geladeira com o corpo foi descartada. O julgamento está em andamento, com quatro testemunhas de acusação prestando depoimento.
Começou, nesta segunda-feira (20), no Fórum do Barro Duro, em Maceió, o júri popular de Leandro dos Santos Araújo, de 23 anos, acusado de assassinar a sogra, Flávia dos Santos Carneiros, com 20 facadas, e esconder o corpo dela em uma geladeira. O pai do réu, Ademir da Silva Araújo, também será julgado por ocultação de cadáver, pois ajudou o filho na remoção do corpo da vítima. O crime aconteceu em março de 2024.
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O julgamento está sendo conduzido pelo titular da 9ª Vara Criminal da Capital, Geraldo Amorim. Quatro testemunhas de acusação vão prestar depoimento. O promotor de Justiça. Marcus Mousinho, da 49ª Promotoria de Justiça da Capital, sustenta a tese de homicídio triplamente qualificado: motivo fútil, meio cruel e feminicídio, além de crime por ocultação de cadáver.
Além de confessar o assassinato da sogra, Leandro confirmou a participação da namorada, uma adolescente de 13 anos e filha da vítima, e do pai, que o auxiliou na ocultação do cadáver. O acusado também revelou que a motivação do crime foi o fato de Flávia não aceitar o relacionamento da menor com ele.
Na época do crime, a repórter da TV Pajuçara, Maria Maciel, noticiou que a mulher teve as mãos amarradas por um fio de tomada após ser morta, foi colocada dentro de sacos de lixo e enrolada em dois lençóis, um edredom e toalhas. Os tecidos foram encontrados sujos de sangue.
Descoberta do caso
O crime foi descoberto após um motorista de transporte por frete denunciar que havia levado pai e filho até a área de mata, em Guaxuma, onde uma geladeira foi jogada em uma ribanceira com um corpo dentro.
A testemunha relatou à polícia que havia sido contratada em uma noite para fazer a mudança entre dois endereços no Jacintinho.
Já na manhã seguinte, o condutor de serviços de frete foi novamente procurado pelo homem que o contratou, desta vez para levar uma geladeira até o bairro do Benedito Bentes. Porém, os dois acusados desistiram e resolveram abandonar a geladeira.
Namorada e pai de Leandro ajudaram
A filha da vítima confessou participação no assassinato da mãe e disse que ela foi morta pelo casal no dia 1º de março daquele ano. Dias antes do crime, eles teriam alugado uma casa no Benedito Bentes, onde foram dormir juntos logo após o assassinato.
O pai de Leandro não teria participado da morte, porém teria conhecimento do crime e ajudado o filho a descartar a geladeira na região de mata.
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