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Jon Jones é acusado de assédio por garçonete de casa noturna nos EUA

ESPN | 22/07/19 - 18h00
Divulgação

O lutador de MMA Jon Jones, dono do cinturão dos meio-pesados do UFC, está sendo acusado por uma garçonete de assédio sexual. A acusação refere-se a um incidente acontecido em abril, na cidade de Albuquerque, Estado do Novo México, onde ele reside.

Jones, que talvez seja o maior lutador da história da organização, é acusado de ter tocado a mulher em questão em sua região genital, além de puxá-la para seu colo e beijá-la no pescoço, de acordo com a queixa criminal a que a ESPN teve acesso junto ao departamento de polícia de Albuquerque.

A mulher também afirma que Jones aplicou um estrangulamento e a colocou no chão, apesar dela ter dito a ele para parar de tocá-la.A acusação foi catalogada na Justiça como uma violação menor. Mas, se condenado, Jones pode ter de cumprir pena de reclusão.

O porta-voz do lutador, James Hallinan, em comunicado à rede de TV KRQE News, de Albuquerque, primeira a noticiar o caso, negou as alegações feitas sobre seu cliente e disse que o atleta não estava ciente das acusações até a notícia vir a público, no último domingo.

"Hoje a mídia falou com Sr. Jones sobre uma falsa acusação feita contra ele, cujos papéis foram enviados para o endereço errado. Porém, após ter acesso aos documentos pela imprensa, Sr. Jones foi imediatamente à corte para pagar a pequena taxa de fiança. Ele e outras múltiplas testemunhas estão prontos para quaisquer esclarecimentos sobre as mentiras que estão sendo ditas sobre ele", diz o comunicado.

Nesta segunda-feira (22), Jon Jones se pronunciou por meio de seu perfil no Twitter. Ao ser indagado acerca do assunto por um seguidor, que perguntou se ele estava novamente em apuros, ele respondeu:

"Eu, definitivamente, não estou em apuros, meu amigo. Não seja tão rápido em acreditar em tudo que você lê na Internet",disse o atleta, afirmando ainda que pretende retornar ao octógono do UFC em dezembro.

Ainda de acordo com a emissora KRQE, um relatório mostra que o lutador não compareceu a uma audiência de acordo pela acusação feita em seu nome. Desta forma, um mandato de prisão contra o atleta foi emitido. Outros relatórios indicam que a corte tentou enviar uma carta para "Bones" sobre o mandato, mas não obteve êxito.

Além disso, um representante da Jackson Wink, equipe onde o atleta treina, afirmou que Jon Jones foi à corte no último domingo após tomar conhecimento, pela imprensa, do fato. Ao chegar ao local, o americano pagou US$ 300 (R$ 1.120) como fiança.

Em 7 de julho, Jones venceu Thiago Marreta dos Santos na defesa de seu cinturão.

O CASO

A mulher disse à polícia que estava atendendo Jones e seu irmão no clube de strip-tease. Ela não mencionou o irmão de Jones pelo nome. Seus dois irmãos, Chandler e Arthur, são veteranos da NFL.

Jones, a mulher disse, estava reiteradamente pedindo para ela lhe dar uma "lap dance" - apresentação individual em que a dançarina senta-se no colo do cliente. Mas ela recusou devido à política do clube, porque ela era uma garçonete e não uma das dançarinas. Então, segundo ela, Jones a puxou para o colo dele e beijou seu pescoço.

Mais tarde, Jones estava esperando drinks no bar quando ele aplicou nela um mata-leão. Ela disse que brincou que ele pode colocá-la em um estrangulamento, mas ela não pode colocá-lo em um porque ela não era alta o suficiente. Jones, em seguida, pegou-a no chão, virou-a no ar de maneira brusca.

Ela disse que Jones então a colocou no chão e bateu na região genital dela. A mulher disse então a Jones, duas vezes, que ele não poderia tocá-la, a menos pagasse US$ 100, cerca de R$ 370. Ela disse que Jones "continuou a tocá-la até que decidiu deixar o estabelecimento".

Na ligação que fez à Polícia para prestar queixa, a garçonete disse à polícia que não queria lidar com o Jones, porque ele era "Um grande filho da p... A situação toda é muito complicada, não sei direito o que dizer porque essa cara sempre consegue escapar de tudo".

FICHA CORRIDA

Em 2012, Jones se declarou culpado de uma acusação de dirigir sob efeitos de drogas. Ele se declarou culpado de ccolisão seguida de fuga em 2015 e foi condenado a liberdade condicional e prestação de serviço comunitário.

Em 2016, Jones violou sua liberdade condicional por alegadamente participar de corridas clandestinas de carros. Sua condicional terminou em março de 2017.

Jones também foi duas vezes pego no antidoping do UFC nos últimos três anos - um deles por uso de cocaína. Mais recentemente, Jones foi suspenso por 15 meses ao testar positivo para um metabólito esteróide, em julho de 2017.