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Jornalista diz: “Arthur Lira será fiel da balança para governo Lula na CPI do golpismo”

Em 24 de Abril de 2023 às 08:58

Informação da jornalista Malu Gaspar:

“Diante dos microfones, os líderes do governo Lula no Congresso tem garantido que terão o controle folgado da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos atos golpistas, uma vez que tem a maioria dos blocos partidários que indicarão representantes para a comissão, a ser formada por deputados e senadores.

Nos bastidores, porém, até mesmo os mais experientes em atuação nas CPIs admitem que é cedo para ter certeza dessa maioria e dizem que será preciso negociar com partidos que hoje se dizem independentes, como Republicanos, Progressistas e União Brasil.

No Senado, onde os blocos comandados pelo PT e pelo MDB de Renan Calheiros têm 11 dos 16 senadores que formarão a comissão, a maioria do governo é muito clara.

Mas na Câmara, essa maioria depende da boa vontade de um personagem: Arthur Lira, o presidente da Casa, que comanda um bloco de oito partidos — incluindo os três autoproclamados independentes — e tem direito a indicar cinco dos 16 deputados que integrarão a CPI. Outros três deputados e três senadores serão do PL de Jair Bolsonaro.

Como no bloco de Lira tem partidos de posições distintas em relação ao governo (​​PP, União Brasil, PSB, PDT, PSDB-Cidadania, Solidariedade, Avante e Patriota), a escolha de cada deputado para compor a comissão fará muita diferença.

O regimento do Congresso estabelece que a composição da CPI deve seguir a proporção da representação dos partidos. Uma vez instalada a comissão, seus integrantes votam para escolher o presidente, e o presidente indica o relator. Como já se sabe que não haverá acordo entre os líderes dos partidos, o que deve acontecer é o presidente da comissão ser um senador e o relator, da Câmara, ou vice-versa.

Nesse caso, é certo que o bloco de Lira terá influência na escolha desse relator ou presidente. Lira já lançou, inclusive, o deputado André Fufuca (PP-MA), seu aliado de primeira hora, para ocupar um dos dois postos.

Os líderes do PL, que apresentou o requerimento para a criação da CPI, muito provavelmente ficarão de fora da cúpula da comissão, mas não vão ceder a derrota antes da hora…”

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