Maceió

Justiça dá orientações para evitar abandonos de recém-nascidos

Redação TNH1 | 05/09/19 - 14h09
O bebê abandonado em Maceió foi levado para a Maternidade Santa Mônica | Cortesia

O TNH1 conversou, nesta quinta-feira, 05, com a juíza Fátima Pirauá, que atua na 28ª Vara Cível da Infância e da Juventude de Maceió, sobre o caso do bebê de 28 semanas abandonado em Maceió. Ela explicou que tanto a vara protetiva, quanto a 14ª Vara Criminal, estão acompanhando a situação e deu orientações para evitar abandonos de bebês.

O recém-nascido foi encontrado por um homem e levado a UPA do Trapiche da Barra, na manhã dessa quarta-feira, 04. Logo depois, o bebê foi encaminhado à Maternidade Santa Mônica, onde foi medicado e o estado de saúde é considerado grave.

“Nesse primeiro momento nós estamos acompanhando e garantindo que a criança tenha toda a assistência possível, uma vez que o estado de saúde dela é grave e ele ainda precisa recuperar a saúde”, disse.

A juíza também afirmou que cerca de 200 famílias estão na fila de adoção em Alagoas, e que, caso nenhum parente da criança se apresente para assumir a guarda do bebê, ele poderá ser encaminhado para adoção.

Pirauá disse ainda que abandonar uma criança ou tentar matar um bebê é crime e casos semelhantes que serão investigados, mas que a Justiça está planejando uma campanha para explicar que há formas responsáveis para que os pais entreguem suas crianças para adoção.

“Basta vir ao Juizado Especial da Infância, aqui na Rua Hélio Pradines, no bairro da Ponta Verde, onde as pessoas serão atendidas por profissionais especializados, promotores e juízes que irão orientar como deixar essas crianças, que serão destinadas para adoção”, concluiu.

Ministério Público

O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL) informou, por meio da assessoria, que também acompanha a situação do recém-nascido. O promotor Ubirajara Ramos visitou a criança e informou que ela está estável. Ele agora aguarda o relatório do Conselho Tutelar para instaurar um procedimento no âmbito do Juizado da Infância e da Adolescência.

Ainda segundo o promotor, se não aparecer ninguém da família da criança para ficar com responsável por ela, a mesma será levada para uma creche de apoio à adoção.