Polícia

Laudo do IML aponta que corpo de menina apresenta fratura nas duas pernas

Erik Maia | 02/10/18 - 10h37
Menina passou quase um ano desaparecida até ser encontrada num povoado de Igaci. | Arquivo

O laudo da necropsia realizado no corpo da menina Cleiciane Pereira, de 10 anos, no Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca, aponta causa da morte indeterminada, mas revela que ela sofreu fraturas nas duas pernas, ferimentos que somados ao local onde o corpo foi encontrado podem indicar um possível atropelamento.

É que o corpo foi encontrado no povoado Lagoa do Félix, às margens da AL-115, na cidade de Igaci, em março deste ano. O local é próximo à casa da avó da menina.

O TNH1 conversou com a técnica forense Leandra Suely, que participou dos exames necropsiais. Ela explicou que o corpo da menina não apresenta fraturas em outras partes do corpo, apenas nos joelhos.

“A necropsia não vai apontar o que houve. O nosso laudo afirma, apenas, que a causa da morte é inderminada, mas a gente acha que, já que o corpo estava perto da rodovia, a menina pode ter sido atropelada”, explicou.

O exame de DNA que confirma que o corpo é da menina precisou ser testado cinco vezes, segundo a técnica, devido a problemas com o material genético. “O corpo passou muito tempo exposto às intempéries, e isso prejudicou o material genético. O exame só foi concluído quando testamos com o material pela quinta vez com a arcada dentária”, explicou.

A técnica disse ainda que agora um protocolo deverá ser seguido para concluir o processo de identificação. “A família será avisada, e a documentação, com todos os laudos, deve ser concluída em 15 dias”, concluiu.

O delegado Regional de Arapiraca, Igor Diego, não soube explicar quem ficou responsável por investigar o caso, uma vez que o delegado que presidia o inquérito do caso, Thiago Prado, foi transferido para a Delegacia Especial de Investigação e Captura de Maceió.

A reportagem também tentou contato com o delegado Thiago Prado, mas ele não atendeu nossas ligações e nem respondeu nossas mensagens.

O caso

Cleiciane desapareceu de sua residência, no Residencial Agreste, em Arapiraca, onde morava com a família, no dia 4 de junho de 2017. Testemunhas afirmavam que ela deixou o local acompanhada de um adulto, mas a versão não foi confirmada pela polícia na época em que a menina desapareceu.

Na oportunidade, a mãe da menina, Clédja Pereira, disse ter reconhecido as roupas encontradas nos restos mortais.