Política

Ludhmila Hajjar vai recusar convite para ser ministra da Saúde

Yahoo | 15/03/21 - 08h48
Foto: Divulgação / USP

A médica cardiologista Ludhmila Hajjar não vai aceitar o convite do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para ocupar o posto de ministra da Saúde. A informação foi revelada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

Os dois se reuniram no último domingo, 14, durante quase três horas. Eduardo Pazuello, que comanda a pasta atualmente, também esteve no encontro.

Na conversa entre eles, foram tratados temas de combate à pandemia de covid-19, como isolamento social, vacinação e tratamento precoce. Ludhimila Hajjar já se posicionou a favor do isolamento e da imunização em massa e contra o chamado tratamento precoce, apoiado por Bolsonaro.

A cardiologista chegou a participar de estudos que desmentiam a eficácia de remédios que fazem parte do “kit covid”. Segundo Mônica Bergamo, no encontro entre Ludhmila Hajjar e Bolsonaro, não houve consenso sobre como os temas seriam tratados.

Inicialmente, o diálogo era tranquilo, mas a tensão aumentou devido à falta de concordância entre as partes. Ludhmila e Bolsonaro devem se encontrar novamente nesta segunda, 15. No entanto, a médica já teria decidido que não vai aceitar o convite.

A escolha era apoiada especialmente pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Ministros do STF e ministros do governo Bolsonaro também eram a favor da escolha.

Professora associada da Universidade de São Paulo, Ludhimila Hajjar é cardiologista e se especializou no tratamento da covid-19. Foi ela quem tratou o ministro Eduardo Pazuello quando ele pegou covid-19, assim como o próprio Arthur Lira e o ministro Fábio Faria, das Comunicações, entre outros.

Com a negativa de Ludhimila Hajjar, outras opções são o cardiologista Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, e o deputado federal Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ), mais conhecido como Dr. Luizinho. Ele é aliado de Lira na Câmara e presidente a Comissão Especial da Covid-19 no parlamento.