Maceió

Mãe de jovem supostamente envenenado há três meses cobra resposta da Justiça

Eberth Lins | 19/02/19 - 12h12
Rafael José Calheiros morreu no dia 24 de novembro | Arquivo pessoal

Passados quase três meses da morte do filho, Márcia Calheiros dos Santos, mãe de Rafael José Calheiros dos Santos, de 21 anos, ainda aguarda um desfecho para o caso. Rafael pode ter sido envenenado, e a namorada é suspeita do crime.

Nesta terça-feira (19), em entrevista ao TNH1, Márcia chamou o processo de moroso e disse não entender o porquê de a jovem apontada como suspeita não ter sido presa.

“Todos sabem que meu filho foi envenenado. Os resultados dos exames que confirmam o envenenamento já foram entregues à Justiça e o delegado já requereu a prisão dela desde o início de janeiro”, disse, referindo-se ao exame cadavérico e à verificação do shake e achocolatado ingerido pelo rapaz no dia em que passou mal.

Ainda muito abalada pelo ocorrido, Márcia Calheiros afirma que não vai descansar até conseguir uma resposta da Justiça.

“Meu filho era um jovem de bem que teve a vida interrompida. Um menino estudioso e que sonhava em entrar para a polícia. Hoje, a Justiça tem todas as provas necessárias para mandar prender a responsável pela morte dele e até agora nada. O que aconteceu não pode ficar impune”, desabafou.

“Enquanto meu filho está enterrado, ela segue livre e postando fotos nas redes sociais. Estamos todos revoltados. Quero saber da justiça, porque ela ainda não foi presa?”, acrescentou.

O TNH1 tentou falar com o delegado Ronilson Medeiros, responsável pelas investigações, para confirmar o resultado dos laudos sobre a morte do jovem, mas não conseguiu contato.

O caso

Rafael Calheiros morreu no dia 24 de novembro no Hospital Geral do Estado (HGE), onde deu entrada com um quadro de intoxicação e ficou internado durante nove dias. O jovem tinha passado mal no dia 15 de novembro, após ingerir uma vitamina que estaria ‘batizada’ com chumbinho, um veneno conhecido popularmente para matar ratos.

No dia do ocorrido, o jovem, que morava no bairro Benedito Bentes, ainda chegou a procurar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas foi encaminhado em estado grave ao HGE.