Uma mulher de Michigan (EUA) que atropelou seu filho de 9 anos depois que ele se recusou a ir à escola foi condenada a 30 dias de prisão na semana passada.
Em 11 de dezembro de 2018, Tiffany Kosakowski, 36, deixou Julian, seu filho, em sua escola primária em Belmont, Michigan. Mas Julian seguiu a mãe quando ela deixava a escola e ficou de pé ao lado do carro dela no estacionamento.
Tiffany falou para ele voltar para dentro da escola, mas Julian segurou a maçaneta da porta do lado do passageiro. Tiffany, então, acelerou o carro, consciente de que Julian estava ali, disse ela mais tarde aos investigadores.
Julian foi arrastado até soltar a maçaneta, e aí foi atropelado pelo pneu traseiro do carro.
O garoto teve vários ossos quebrados e fraturou o crânio. Ele ficou em coma por uma semana após o incidente e continua a receber cuidados constantes e fisioterapia, noticiou a imprensa local.
Tiffany se declarou culpada em fevereiro pela acusação de direção imprudente resultando em ferimentos graves. Outra acusação, de abuso infantil, foi rejeitada como parte do acordo judicial.
Na quinta-feira, o juiz Curt Benson condenou Tiffany a seis meses de prisão, dos quais ela precisará cumprir apenas 30 dias.
O pai de Julian, John Rodriguez, disse ao tribunal na quinta-feira que não vê seus filhos há cinco anos. Ele disse que viu Julian pela última vez quando o levou, junta com a irmã gêmea, para uma festa de aniversário cinco anos atrás.
Tiffany disse ao juiz que sentia "remorso" pelo que aconteceu com seu filho.
"Vou ter que viver com isso para o resto da minha vida", disse ela. "Tudo o que me interessa agora é estar junto do meu filho enquanto ele se recupera e apoiá-lo todos os dias, como eu venho fazendo."
O juiz Benson disse que recebeu 30 cartas em apoio a Tiffany da igreja dela e da escola, mas afirmou que o que ela fez é "simplesmente indesculpável".
“Não sei se essas 30 pessoas que escreveram as cartas seriam tão favoráveis se elas assistissem, como eu, às imagens das câmeras de segurança desse incidente, que é simplesmente indesculpável", disse Benson a Tiffany.
“Foi muito difícil de assistir, e não tenho certeza se você teria tanto apoio quanto evidentemente, se isso tivesse sido amplamente distribuído”, disse Benson.
Benson disse que o vídeo mostrou que o pneu traseiro do carro passou por cima do “corpo cheio, cabeça cheia” de Julian.
Ele disse que a criança havia "sofrido terrivelmente", mas acrescentou: "Ele ainda é seu garotinho e ele ainda ama a mãe".
Há um caso separado pendente no tribunal de família que determinará a custódia dos pais para Julian e sua irmã.
Uma campanha online para angariar fundos para as despesas legais de Tiffany levantou mais de US$ 3.000 em três meses.
