Polícia

Mala apreendida em operação da PF guardava aproximadamente R$ 500 mil

TNH1 | 14/10/20 - 10h50
Divulgação

A mala com dinheiro apreendida nesta quarta-feira, 14, durante a "Operação Seguro-Mamata", da Polícia Federal (PF), guardava aproximadamente R$ 500 mil. A informação foi passada pelo delegado Leopoldo Lacerda, da PF, em entrevista à TV Pajuçara. O valor exato da quantia será divulgado pela polícia em breve após a recontagem das cédulas.  

A 'Seguro-Mamata' investiga a organização criminosa que atua desde 2016 em fraudes ao Seguro-Desemprego nos Estados de Alagoas, Pernambuco, Sergipe e São Paulo. Segundo a PF, os prejuízos causados pelo esquema criminoso totalizam quase R$ 12 milhões. Uma pessoa foi presa em Alagoas.

O delegado destacou que a mala com diversas notas de R$ 50 e R$ 100 estava com uma servidora pública no município de Arapiraca. Porém, apesar de ter sido flagrada com a bagagem, a mulher não foi presa pelos agentes. A única prisão aconteceu no município de Boca da Mata e o detido atuava como empresário.

Ainda de acordo com Lacerda, o maior núcleo da organização funcionava em Arapiraca, com ramificações em outros municípios. Entre os integrantes estariam servidores públicos, contadores e empresários. Quarenta mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela PF.

Além do dinheiro, outros materiais recolhidos como documentos, aparelhos eletrônicos, notebooks e pen-drives, foram levados para a sede da PF em Maceió.

A investigação

O inquérito policial foi instaurado há cerca de um ano e meio. A PF informou que foram identificados dezenas de vínculos empregatícios com empresas fantasmas e empregadores individuais inexistentes com o objetivo de criar artificiosamente direito ao seguro-desemprego.

Foram 40 mandados de busca e apreensão e 1 de prisão expedidos pela Justiça Federal em Alagoas sendo cumpridos em dezesseis municípios em Alagoas, Pernambuco, Sergipe e São Paulo, além do afastamento cautelar de 16 servidores públicos.

​​Os envolvidos foram indiciados pelos crimes de constituição de organização criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informações, peculato e estelionato, cujas penas máximas, se somadas, atingem 37 anos de reclusão.

Os municípios

Os municípios alagoanos onde a ação aconteceu foram Maceió, Anadia, Boca da Mata, Coruripe, União dos Palmares, Arapiraca, São Miguel dos Campos, Palmeira dos Índios, Atalaia, Limoeiro de Anadia, Maribondo.

As outras cidades foram Aracaju, em Sergipe, Palmares, em Pernambuco, e São Paulo, Franco da Rocha e Barueri, no Estado de São Paulo.