Saúde

Medicina de precisão é utilizada para aprimorar tratamento contra câncer colorretal

Universidade Federal do Ceará | 11/08/21 - 22h11
Viktor Braga/UFC

Pesquisadores dos Laboratórios de Farmacologia da Inflamação do Câncer e de Citogenômica do Câncer, ambos da Universidade Federal do Ceará, conseguiram identificar os fatores que tornam parte da população mais suscetível aos efeitos colaterais da quimioterapia contra o câncer colorretal. Esses efeitos são tão graves que alguns pacientes têm de interromper o tratamento.

O câncer colorretal se localiza na parte final do intestino. Ele atinge principalmente pessoas com mais de 50 anos e, se detectado cedo, tem alto índice de cura. O tratamento inclui quimioterapia, radioterapia e cirurgia.

Um dos problemas encontrados, no entanto, são os efeitos colaterais do irinotecano, um dos fármacos mais utilizados na quimioterapia para esse tipo de câncer. Entre 15% e 25% dos pacientes que utilizam esse medicamento desenvolvem casos de diarreia grave – que é quando ocorrem pelo menos sete episódios de diarreia líquida por dia.

A partir da análise genética de voluntários, os pesquisadores conseguiram identificar que pacientes com variações moleculares em um receptor celular chamado toll-like 4 são predispostos a desenvolver esse tipo de reação de diarreia grave quando em contato com o irinotecano.