Maceió

Meteorologista explica tempestade que atingiu Maceió na última noite

TNH1 com TV Pajuçara | 21/02/22 - 08h10

Os minutos de chuva forte acompanhada de relâmpagos e trovões foram o bastante para deixar a capital alagoana debaixo d'água e com rastro de destruição. A tempestade registrada na noite de domingo, 20, levou pânico para a população de Maceió, além de transtornos de mobilidade e de danos em vias públicas e imóveis.

Em entrevista ao programa Balanço Geral Alagoas, da TV Pajuçara/Record TV, o meteorologista Emanuel Teixeira explicou o fenômeno e destacou a rapidez para a formação das nuvens carregadas sobre o oceano. Segundo Teixeira, a tempestade foi ocasionada pelo calor e umidade, e se aproximou da costa alagoana em poucos minutos.

"Foi uma pequena célula que se formou sobre o oceano na noite de ontem. Em uma hora, ela desenvolveu, em uma forma bem rápida, as nuvens por convecção, devido ao calor e à umidade. O que ocorreu foi uma chuva bem forte e localizada [...] Nesse pequeno intervalo, teve intensidade de 20 milímetros. E quando ela vem dessa forma, em período curto e com intensidade, ela deixa transtornos para a cidade", afirmou.

"É uma das características principais da tempestade por convecção. Traz relâmpagos acompanhados de trovões, e muito vento forte. Quando as nuvens se formaram sobre o oceano, tiveram uma rapidez tão grande para chegar no continente, tanto no desenvolvimento quanto no deslocamento. É difícil de prever. Ela começou às 19h40, por exemplo, e às 20h, já estava bem desenvolvida no Litoral", continuou com a explicação.

Para o meteorologista, a tendência é que as chuvas convectivas continuem até o período de outono. Ele reforçou que o Sertão de Alagoas foi atingido recentemente pelo fenômeno. "Estamos em plena estação de verão, e o mês de fevereiro é sempre quente. A tendência é que se forme tempestade por convecção, é natural isso", garantiu.

Transtornos - O fim de semana terminou com chuva em Maceió e as cenas de alagamentos se repetiram na capital.  Depois de um forte trovão, poucos minutos de precipitação foram suficientes para que motoristas e pedestres tivessem dificuldade para enfrentar o trânsito. Em algumas regiões também houve queda de energia elétrica. 

Além dos transtornos nas ruas e avenidas, a chuva forte alagou residências e pontos comerciais.  A limpeza das galerias da cidade fez falta neste momento, multiplicando os pontos de alagamento. Em edifícios na Ponta Verde e na Jatiúca, moradores gravaram a água caindo em "cascata" pelos elevadores. A escadaria da comunidade do Bolão foi tomada pela água. Confira abaixo.

No Conjunto José da Silva Peixoto, no bairro Jacintinho, a chuva provocou um deslizamento. Uma casa foi destruída e outras foram interditadas pela Defesa Civil Municipal. No Vale do Reginaldo, houve transbordamentos e a água entrou nas residências.