Alagoas

Ministério da Agricultura chega a AL após sacrifício de 32 porcos com peste suína

Deborah Freire | 14/10/19 - 11h58
FPI (MPE) / Arquivo

Técnicos do Ministério da Agricultura e Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) inspecionam desde o início do mês propriedades rurais onde há criação de porcos, no município de Traipu, no Agreste, após identificar 32 animais com a peste suína. Eles foram sacrificados após a realização de exames que confirmaram a contaminação.

De acordo com a chefe do Núcleo de Defesa Animal da Adeal, Maria Lacerda, a doença não é transmissível ao ser humano e, nem mesmo, a outros animais, mas o seu consumo é proibido, o que gera prejuízos econômicos aos criadores.

Até o momento, a doença só atingiu uma propriedade. O dono será ressarcido pelos prejuízos por meio de um fundo de indenizações para os criadores. "O proprietário comunicou a Adeal após perceber que os animais estavam com lesões pelo corpo e conjuntivite, além de sintomas neurológicos, andavam cambaleando. Entre os sintomas comuns, há também febre alta e problemas respiratórios. O principal é ficar com as extremidades arroxeadas e amontoados uns nos outros. A doença gera alta mortalidade, em até dez dias", explica a técnica.

Toda a criação foi sacrificada, e uma portaria do governo estadual deve ser publicada para restringir o trânsito de animais da área contaminada para o resto do Estado. Maria Lacerda afirma que Alagoas não é livre da doença, mas há alguns anos não registrava casos.

Até ontem, 28 propriedades tinham sido visitadas por técnicos e hoje a fiscalização continua, mas não localizou novos focos. A maior parte das criações de suínos em Alagoas é de pequenos produtores, o que não deve gerar grande impacto econômico no Estado, ainda segundo a Adeal.