A modelo alagoana Laura Cavalcante, que teve a perna queimada durante uma sessão de fotodepilação em uma clínica em Maceió será ouvida pela Promotoria de Defesa do Consumidor do Ministério Público do Estado.
De acordo com o promotor de Justiça Max Martins, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) regional Alagoas já enviou as informações sobre a clínica e o procedimento realizado em Laura, e ela demonstrou interesse em ser ouvida para informar detalhes do que ocorreu em julho deste ano. O fato foi denunciado este mês nas redes sociais.
As informações se somam a um processo já existente no MP, em que a SBD questiona a competência dessa mesma clínica em realizar procedimentos que, segundo o Conselho Federal de Medicina, são atos médicos exclusivos.
O promotor disse que a depender do que for concluído pelo MP, o caso pode provocar a instauração de um inquérito policial, ou seja, seguir para a esfera criminal.
Já em relação ao direito do consumidor, serão observadas questões da área cível. "Será verificado, quanto a clínica, se o procedimento realizado foi feito de acordo com a legislação e por profissional autorizado", esclareceu Martins.
O caso
Laura foi convidada a realizar uma fotodepilação na clínica e saiu com queimaduras de 2º grau nas pernas. Ela foi atendida em um hospital e, desde julho, passa por tratamento para a cicatrização dos ferimentos e retirada das manchas. Ela alega que tentou acordo com a clínica, mas a empresa teria pago apenas uma consulta com dermatologista e os medicamentos iniciais.
Em nota, a empresa alega que se prontificou a custear todas as despesas para o tratamento e que a proprietária se colocou à disposição para que Laura fosse atendida por uma profissional referência nesse tipo de lesão, mas a modelo teria recusado o atendimento.
