Futebol

"Momento de calma e transição", diz Damiani, novo executivo de futebol do CRB

Paulo Victor Malta | 07/12/18 - 19h48
Erasmo Damiani no estúdio da Rádio Pajuçara FM | TNH1

O novo diretor executivo de futebol do CRB desembarcou em Maceió na tarde desta sexta-feira (7). Campeão Olímpico pela Seleção Brasileira em 2016, Eramos Damiani chega ao Galo em momento de processo político na diretoria do clube e com a missão de montar o elenco para a temporada 2019. 

Damiani esteve na Rádio Pajuçara FM nesta noite e participou do Pajuçara Futebol Clube. O dirigente afirmou que é preciso ter calma neste momento de transição. 

"É claro que a partir do momento em que você inicia uma conversa e as coisas vão avançando, você começa a perguntar quem está no elenco, quem interessa, quem está no mercado. Tem vários fatores. Claro que nós queríamos... Cheguei hoje, claro que segunda-feira gostaria de anunciar todos os jogadores que o CRB necessita. É um momento de calma e transição. Você precisa ter um jogo de cintura, ter o plano A, B e C. No futebol não é fácil. Vamos tentar cometer o menor número de erro possível. O campeonato mais desgastante do mundo é o brasileiro. Dia 16 de janeiro já temos CRB x Bahia. A Copa do Nordeste não alivia. E logo depois já começa o Estadual. O CRB pela tradição, pelo nome, é um clube que tem que entrar para brigar pelo título. E aí mais 38 jogos do Brasileiro, Copa do Brasil. É desgastante. Então temos que estudar quais jogadores temos que trazer, o perfil que o CRB procura". 

Em meio ao período eleitoral e as indefinições para a composição da futura diretoria executiva e do conselho deliberativo, o CRB tenta acelerar o planejamento e iniciar as contratações. Do elenco que encerrou a Série B, o Galo renovou apenas com o goleiro Edson Mardden e o volante Claudinei. 

Veja outros trechos da entrevista. 

Acerto com o CRB

"Recebi uma ligação sondando se haveria o interesse meu em trabalhar aqui. Iniciamos as conversas. Claro que a partir do momento em que você inicia uma conversa, você começa a buscar informações de pessoas que trabalharam ou passaram por aqui e clubes que vieram para cá. As informações foram bem positivas. A cidade eu já conhecia, vim aqui com a seleção brasileira de base. Fui buscar informações do clube. A última conversa foi só para decidir como seria a vinda, que dia eu viria para cá". 

Currículo

"Tenho 90% da minha formação nas categorias de base. Quatro passagens pelo profissional. No Figueirense em 2010, o time que foi montado e subiu, o Willian Bigode, Lucas, Juninho, Maicon... Foi um elenco montado por nós. Trabalhei no Vitória recentemente. No Palmeiras, como era um gestão integrada base e profissional, tive algumas participações com o Omar. As pessoas dizem "Ah, é da base", parece que a base é ilhada. No Atlético-PR, o departamento de base é integrado ao profissional. Você sabe tudo sobre o profissional. Havia reunião em que ficávamos 5, 6 horas debatendo". 

Motivação

"Claro, sempre chega. Eu não poderia aceitar um trabalho se não estivesse motivado. Tem que ter essa motivação. Sou racional, mas tenho que ter um pouco daquela paixão ali dentro, de querer que aconteça, querer coisas boas. Mas preciso ter a tranquilidade de passar para o torcedor que nem tudo são mil maravilhas, que vamos montar o melhor plantel do Nordeste. Temos que respeitar a cultura de onde estou trabalhando. Se eu achar que tem alguma coisa que pode ajudar o clube para futuramente, preciso falar, mas sempre respeitando por questão de hierarquia".