Maceió

Negociação com Prefeitura fracassa e Maceió tem paralisação geral nesta quarta-feira, 13

Theo Chaves | 13/04/22 - 07h02
Foto: Cortesia ao TNH1

Após representantes dos servidores públicos de Maceió se reunirem com o Secretário Municipal de Governo, Ivan Carvalho, na última segunda-feira (11), a fim de reivindicar um reajuste salarial de 16% e ouvir uma negativa por parte da prefeitura, os funcionários municipais fazem uma paralisação geral, nesta quarta-feira (13). Como determina a lei, 30% dos serviços serão mantidos. Caso a paralisação de advertência desta quarta não surta efeitos, as lideranças não descartam voltar a parar novamente.

Além da paralisação — que terá duração de 24 horas e contará com servidores da Saúde, Educação e Assistência Social — servidores também prometem fazer uma manifestação em frente à Secretaria Municipal de Gestão (SEMGE), no Centro, às 9h.

Em entrevista ao TNH1, a presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Alagoas, Renilda Barreto, disse que as paralisações acontecem após um reajuste de apenas 3% nos últimos anos. “Sentamos com a responsável pela Secretaria de Gestão e com o Secretário de Governo, ambos alegaram que o aumento ultrapassa o teto da lei de responsabilidade fiscal. Porém, eles não apresentam os números do teto e não respeitam os servidores que estiveram a frente no combate à Covid-19. Além disso, esse reajuste é um direito nosso que, por progressão ao mérito, deveria ter acontecido em anos anteriores”, explicou.

O secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Previdência e Assistência Social (Sindprev), Juarez Teixeira, foi ouvido pelo TNH1 e disse que o setor da saúde vai funcionar com 30% do efetivo durante a paralisação, como determina a legislação. “Os servidores da saúde irão paralisar em torno de 70% do seu efetivo, até porque eles têm um efetivo grande de profissionais contratados. Exames e consultas que foram marcados há muito tempo e tem caráter de urgência serão atendidos”, relatou.

Juarez ainda disse que a paralisação desta quarta-feira (12) será de advertência, para que o reajuste acompanhe os valores da inflação. “Queremos que a prefeitura apresente uma proposta, porque não reajustar valor algum é inadmissível. Na verdade, ninguém está pedindo reajuste ou aumento, estamos pedindo reposição de acordo com a inflação”, ressaltou.

Ainda segundo o representante da Sindprev, o Secretário Municipal de Governo comunicou que uma mediação estava em curso com o Secretaria de Economia, a fim de chegar em um acordo entre servidores e prefeitura.

A prefeitura ainda não se pronunciou sobre a paralisação.