LEIA TAMBÉM
No Brasil inteiro este 11 de agosto foi palco de manifestações em favor da democracia e do sistema eleitoral brasileiro, exatamente no Dia da Justiça, comemorado por ser a data da implantação dos cursos de Direito no Brasil.
Atos públicos, entrevistas, reportagens, depoimentos e até um manifesto foi preparado para marcar a efeméride, a “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito!”.
Coisa “para inglês ver”.
Ou, mais estritamente, para divulgar uma imagem distorcida do Brasil no exterior.
Se existe algo no Brasil em abundância é a democracia.
Aqui todo mundo tem o livre direito de ir vir, a imprensa divulga o que bem entende, as pessoas têm liberdade de expressar sua opinião – desde, é bom frisar, que não critique nenhum ministro do Supremo Tribunal Federal.
Tanto quanto seus antecessores mais recentes, o Presidente da República é alvo de todo o tipo de crítica e acusação. As eleições são livres e ocorrem a cada dois anos. Não existe restrição alguma para quem deseja entrar ou sair do país.
Isso tudo é o quê, se não for uma democracia?
O estranho no movimento deste 11 de agosto é a participação de personagens nem tão ilustres, até mesmo como subscritores do texto “em defesa do Estado Democrático de Direito”.
Dentre eles, há notórios defensores e financiadores de ditaduras em outros países e os que, sempre que podem, não hesitam em curtir férias em “paraísos capitalistas” que tanto condenam da boca pra fora.
Tem também ex presidiários e muitos que fizeram fortuna se locupletando de dinheiro alheio, inclusive (e principalmente) dos cofres públicos.
O Google, moderna ferramenta de tirar dúvidas, define o que seja isso: “Hipocrisia: 1. característica do que é hipócrita; falsidade, dissimulação. 2. ato ou efeito de fingir, de dissimular os verdadeiros sentimentos, intenções; fingimento, falsidade.”
Gostou? Compartilhe
LEIA MAIS
+Lidas
