Neste domingo, as festividades do Dia da Independência vão ter comemoração oficial pelos governos federal, estaduais e municipais e, em paralalelo, estão programadas manifestações em vários pontos do Brasil por anistia e contra decisões recentes do Supremo Tribunal Federal.
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No caso da anistia, o objetivo principal é beneficiar os condenados por atos de vandalismo nas sedes do Executivo, do Judiciário e do Legislativo, em 8 de janeiro de 2023, e os presos processados sob acusação de tentativa de golpe de Estado, em 2022, para impedir a posse de Lula (PT) e manter Jair Bolsonaro (PL) na presidência da República - ele próprio em prisão domiciliar.
É fato incontestável que o bolsonarismo, movimento surgido em 2018 em torno da candidatura presidencial de Bolsonaro, vive certamente o seu pior momento, caracterizado por divisões internas diante da impossibilidade legal de seu líder maior ser novamente candidato ao Palácio do Planalto.
Declarações inoportunas, posturas inadequadas, vaidades exacerbadas e egocentrismo têm caracterizado ultimamente o grupo formado por simpatizantes do "mito" diante da situação de absoluta incerteza pela perspectiva de iminente condenação do seu líder.
Pelo Brasil afora as divergências internas têm aflorado e causado perdas consideráveis, esvaziando profundamente o bolsonarismo.
Alagoas, Estado onde Jair Bolsonaro sempre teve grandes votações, é o maior exemplo disso: o presidente regional do seu PL é o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, porém ele não tem demonstrado mais nenhum apreço por aquele a quem apoiou em passado recente e até ensaia mudar de partido, atendendo às suas novas conveniências.
Nas últimas visitas de Bolsonaro a Alagoas, o prefeito JHC sequer se deu ao trabalho de ir recebê-lo no aeroporto ou de lhe fazer uma visita onde esteve hospedado - ficaram no passado as honrarias que lhe foram prestadas, a exemplo do título de Cidadão Honorário concedido pela Assembleia Legislativa.
Restam como ostensivamente bolsonaristas aqui no Estado o vereador Leonardo Dias, o deputado estadual Cabo Bebeto e o deputado federal Alfredo Gaspar.
Os demais que direta ou indiretamente foram beneficiados politicamente pela vinculação a Jair Bolsonaro estão agora omissos ou já pularam do barco que anda à deriva.
O ato anunciado para este domingo em Maceió vai dar a devida dimensão dessa nova realidade.
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