O que teria levado Luiz Dantas, ex presidente da Assembleia Legislativa, a gravar dois vídeos acusando seu filho, o governador Paulo Dantas (MDB), candidato à reeleição, de participação num esquema de contratação de servidores “fantasmas” quando foi diretor geral da ALE?
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Essa é uma pergunta para a qual todos buscam resposta e não a encontram.
Algumas versões têm surgido sobre o acontecido, mas até agora nenhuma conseguiu ares de veracidade.
A mais verossímel está no portal de notícias “AL102”, em texto de Berg Moraes, que cita uma desavença em 2017 no plenário da ALE entre Luiz Dantas, então presidente, e o atual presidente da instituição, deputado Marcelo Victor, que teria ameaçado Luiz de morte caso ele (Marcelo Victor) não fosse candidato único a presidente da casa.
Já neste ano de 2022, consolidada a inimizade com Luiz Dantas, Marcelo Victor usou sua força política e articulou Paulo Dantas como governador “tampão” para concluir o mandato de Renan Filho e, na sequência, fez dele candidato à reeleição – o que teria desagradado ao seu pai, daí as declarações bombásticas nos vídeos que Luiz gravou.
Certeza mesmo é que um fato de tamanha gravidade deve ter repercussão na eleição do próximo domingo.
Uma disputa em que não há nenhum concorrente com presença no segundo, tal o equilíbrio que as pesquisas apontam entre os candidatos.
Inegável que, pela força do cargo e pelos indicativos das próprias, Paulo Dantas aparece em ligeira vantagem sobre Rodrigo Cunha (União Brasil), Fernando Collor (PTB) e Rui Palmeira (PSD) – os mais próximos a ele, segundo as avaliações.
Outra indagação que se impõe: qual dos adversários de Paulo mais se beneficia com um eventual desgaste por causa das acusações do seu próprio pai?
É mais uma pergunta de difícil resposta, que somente as avaliações no decorrer desta semana poderão responder.
De tudo isso, uma triste conclusão: é lamentável que uma família tão tradicional passe por tamanho constrangimento público por causa de política.
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