A sabatina a que a procuradora de justiça Marluce Caldas, do Ministério Público de Alagoas, vai se submeter nesta quarta-feira, 13, na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal, é mais do que uma etapa no roteiro a ser seguido até sua nomeação para o cargo de ministra do Superior Tribunal de Justiça.
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Pelas circunstâncias que envolvem essa formalidade, dela resulta um efeito considerável para a política no Estado de Alagoas, já a partir das eleições do próximo ano.
Não é segredo para ninguém que a indicação dela ao Senado, pelo presidente Lula (PT), tem tudo a ver com o acerto para que o prefeito de Maceió, João Hentrque Caldas (PL), troque de partido, desista de concorrer ao governo do Estado e passe a se engajar no projeto de reeleição de Lula - o que inclui sua adesão ao grupo politicamente dominante em Alagoas, ao qual tem feito oposição.
Aprovada na sabatina de hoje, Marluce Caldas precisará ser aprovada no plenário do Senado e nomeada pelo Presidente da República para, finalmente, ser empossada no STJ.
A partir de então se saberá se o prefeito JHC vai efetivamente cumprir o acertado e se sua mãe, senadora Eudócia Caldas (PL/AL), passará formalmente a integrar a base aliada do governo - o que até agora tem feito de forma eventual.
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