Alguns observadores políticos têm notado a ausência do senador Renan Calheiros (MDB) do noticiário nos últimos dias.
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E isso tem ocorrido depois dos desdobramentos das acusações contra o governador Paulo Dantas (MDB), que está afastado do cargo por determinação do Superior Tribunal de Justiça, referendada pelo Supremo Tribunal Federal.
Quando foi desencadeada a operação da Polícia Federal contra Dantas em cumprimento a uma decisão da ministra Laurita Vaz, do STJ, a pedido do Ministério Público Federal, Renan procurou desqualificar a posição da ministra, acusando-a, inclusive, de ser “bolsonarista”, ou seja, simpatizante do presidente Jair Bolsonaro.
Três dias depois, em sessão da Corte Especial do STJ para reavaliar o caso, o resultado foi massacrante: 10 x 2 pela manutenção do afastamento do governador até o final do mandato, em 31 de dezembro.
A defesa de Paulo Dantas imediatamente recorreu ao Supremo Tribunal Federal, que manteve a decisão do STJ.
Experientes nos subterrâneos dos Judiciário logo apareceram com uma explicação: ao acusar a ministra Laurita Vaz, Renan Calheiros gerou a solidariedade dos demais membros do STJ e do STF, fazendo prevalecer o corporativismo.
Para quem tem formação jurídica, foi Ministro da Justiça e é considerado o político mais sagaz de Alagoas e do Brasil, o senador cometeu um grande equívoco.
No dizer popular, “pisou na bola” ou “deu um tiro no próprio pé”.
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