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A difícil situação por que passa novamente Carlos César de Oliveira, hoje com 67 anos, considerado o maior goleiro da história do CRB, ganha repercussão nacional após reportagem do portal UOL.
Segundo a matéria, nos 12 anos em que mora em Marechal Deodoro por três vezes César perdeu tudo o que tinha em casa por conta da enchente da lagoa – a última foi há duas semanas – e ele passa por dificuldades.
Tanto que mais uma vez está pedindo ajuda para recuperar sua situação.
César surgiu nas categorias de base do CSA, no final da década de 60, e se transferiu para o CRB ainda juvenil – categoria que hoje equivale ao Sub 17 no futebol – junto com outros sete jogadores azulinos.
No CRB alcançou seu auge entre 1976 e 1979, no último tetracampeonato do clube. Basta dizer que entre 1976 e 1980 foi escolhido pela imprensa esportiva como o melhor jogador da temporada – algo bastante difícil para um goleiro.
Em 1981 foi contratado pelo Corínthians, onde chegou desacreditado “por ser negro, de baixa estatura e de um pequeno clube nordestino” – como ele próprio dizia à época.
Deu a volta por cima, alcançou uma efêmera glória ao ponto de ser rotulado de “São César” e “Pequeno Grande César” e também rapidamente caiu em desgraça.
Dois episódios contribuíram para isso: falha numa derrota para o Grêmio, em chute de longa distância, e a acusação (infundada) da revista “Placar”, de ter participado de um esquema de venda de resultados da Loteria Esportiva na decisão de 1980, contra o CSA.
Por ironia, nessa partida, que terminou 1×1, César foi considerado o melhor jogador em campo e do Campeonato Alagoano daquele ano.
Na descida profissional, ainda jogou no Flamengo do Piauí e no ASA. E nunca mais foi o mesmo, emocional e financeiramente.
O fato é que César faz parte da galeria dos jogadores de futebol que viveram momentos de glória e acabaram em fracasso.
Mas nem por isso deixam de fazer por merecer – como César – o reconhecimento e o apoio humanitário de torcedores, dirigentes e instituições.
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