Na segunda-feira, 10, o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), emitiu nota atribuindo às últimas gestões dos governos estaduais uma considerável parcela de culpa pelas enchentes que costumam causar prejuízos diversos em Alagoas.
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Citou inclusive que desde quando era deputado estadual já se falava em implantação de barragens no curso de rios que cortam o Estado, especialmente na Zona da Mata, obras que foram cogitadas mas jamais deixaram de ser apenas uma ideia – nunca chegaram sequer a uma folha de papel.
Reunidos emergencialmente na terça-feira, 11, autoridades do governo do Estado e do governo federal, embora desafetos políticos de JHC, concluíram por dar razão a ele, ao concentrarem como prioridade para resolver o problema justamente a construção das tais barragens.
Dois personagens políticos se destacaram na defesa dessa proposta: o deputado estadual Alexandre Ayres (MDB) e o senador Renan Calheiros (MDB/AL), cujos redutos são alvos preferenciais das tragédias causadas pelas chuvas: respectivamente, Marechal Deodoro e Murici.
Ayres sugeriu que a indenização a ser paga pela Braskem à Prefeitura de Maceió e ao Governo do Estado seja destinada ao desassoreamento das Lagoas Mundaú e Manguaba, execução do esgotamento sanitário da Região Metropolitana de Maceió, recuperação das matas ciliares e construção de habitações para a população que hoje mora no entorno das lagoas, acrescentando:
“Só assim iremos resolver essa questão das enchentes em Alagoas. Além disso, precisamos construir barragens de contenção. A minha proposta é que três barragens sejam imediatamente construídas, uma no Vale do Paraíba, uma em União dos Palmares e uma no Rio Canhoto, em Pernambuco.”
Renan disse que vai propor ao governo federal a edição de uma Medida Provisória para agilizar a liberação dos recursos necessários para construir as primeiras barragens em solo alagoano, num custo estimado em R$ 500 milhões:
“A ideia é otimizar um projeto que já existe, para que façamos o que já ocorreu em cidades do Rio de Janeiro, por exemplo. Somente dessa forma é que conseguiremos reduzir, significativamente, o risco de novas enchentes, evitando, assim, tragédias como a de 2010, quando trinta pessoas morreram e mais de 70 mil ficaram desabrigadas em Alagoas. Isso sem falar no trauma com a qual essas pessoas se veem obrigadas a conviver até hoje.”
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