O prefeito JHC precisa se reinventar para conseguir uma guinada política

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João Henrique de Holanda Caldas, o JHC, foi deputado estadual e duas vezes deputado federal, sempre com excelentes votações, até que em 2020 renunciou à Câmara dos Deputados para assumir a Prefeitura de Maceió.

Depois de um forte embate com a ex vereadora e ex prefeita Kátia Born, JHC conseguiu o comando do Partido Socialista Brasileiro e despontou como grande liderança, ao ponto de aparecer em pesquisas como forte candidato a governador na eleição deste ano.

Preferiu adiar a possibilidade de governar o Estado e apoiar   o senador Rodrigo Cunha (União Brasil), que lhe deu grande respaldo político na disputa pela prefeitura.

No decorrer da campanha ao governo, Rodrigo Cunha tirou licença do mandato de senador para se dedicar mais ao trabalho de busca de votos, como se justificou, e possibilitou que a médica Eudócia Caldas (mãe de JHC) o substituísse no Senado.

Nesta eleição JHC dedicou todo o empenho (e a máquina administrativa do município de Maceió) visando eleger deputado federal o irmão “Dr JAC”, que conseguiu registro como “JHC” no material de campanha – igualzinho ao da campanha do atual prefeito em 2018.

Apurados os votos, Rodrigo Cunha ficou em segundo lugar na disputa ao governo, “Dr JHC” foi muito bem votado, mas não conseguiu legenda para ser deputado federal, e o PSB acabou sem representante na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa.

Aos 35 anos de idade, o prefeito JHC tem pela frente toda uma trajetória política, porém terá de refazer seus objetivos, tentar readquirir aliados que perdeu por conta do seu projeto pessoal de 2022 e fortalecer o PSB.

Caso contrário, o seu futuro tende a não ser muito promissor.