Demorou quase três dias a apresentação de algum resultado concreto, mas ontem (27) evoluíram, com a apresentação do acusado, as investigações sobre a tragédia que vitimou Joel Juvêncio Albino, 63 anos, proprietário do Bar do Joel, na Lagoa Mundaú e seus funcionários Benedito dos Santos e José Cícero dos Santos.
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Joel se recupera, agora na Santa Casa de Maceió, e os outros dois não resistiram e faleceram ainda no HGE. O caso implica em dois homicídios, aparentemente culposos, e uma lesão corporal.
A partir daí está estabelecido o contraditório, a partir das versões dos familiares das vítimas e do depoimento do condutor do jet ski causador do acidente na Lagoa Mundaú, o policial militar Lucas Teixeira.
O fundamental agora é saber quais providências vão ser adotadas para que efetivamente exista fiscalização na circulação de embarcações não apenas na região lagunar, mas também em praias e rios – afinal, Alagoas é decantada como “Paraíso das Águas”.
No caso do PM Lucas Teixeira, por exemplo, já se sabe que ele não tinha habilitação para pilotar jet ski, pelo que afirma a própria delegada Liana Franca, da Polícia Civil.
Há casos notórios de circulação de embarcações em nossas águas sem documentação do condutor ou do veículo, de excesso de velocidade, de trânsito na área lagunar fora do horário permitido (o limite é 17 horas), de embriaguez do condutor e, além disso, de barcos, lanchas e outros equipamentos náuticos sem condições mínimas de segurança por falta de conservação.
Infelizmente estamos no Brasil, país em que normalmente a prevenção de desastres não existe, em nenhuma área de atividade, e que no dizer popular, “só se fecha a porta depois de arrombada”.
Que essa tragédia vitimando três trabalhadores sirva, pelo menos, de exemplo para que novas fatalidades não se repitam e que os culpados – por ação ou omissão – sejam punidos.
É a principal lição que se pode tirar desse episódio.
A vida agradece…
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