Contextualizando

O vale tudo dos bastidores de uma campanha política

Em 2 de Agosto de 2022 às 15:20

As candidaturas majoritárias vão se definindo e o território livre da internet vai sendo usado para divulgação de material de todos os níveis – das fake news às acusações infundadas, passando por propagação de notícias desgastantes sobre os concorrentes.

No final de semana, por exemplo, adversários foram à exaustão na veiculação de fatos envolvendo o prefeito de Rio Largo, Gilberto Gonçalves, por conta da ação da Polícia Federal contra ele.

Cita-se nas divulgações o deputado federal Arthur Lira pelo fato de ele ter liberado emendas em favor do município – sob suspeita de terem sido desviadas pelo prefeito.

Diretamente não consta nada contra Lira, mas ele passa a ser o alvo principal por ser presidente da Câmara os Deputados e pelo protagonismo nas eleições em Alagoas.

Outro material que circula é um vídeo colocando Fernando Collor, candidato do PTB ao governo estadual, em situação desconfortável em relação ao presidente Jair Bolsonaro, cuja reeleição o senador apoia.

No vídeo, de 2020, Collor afirma em relação a Bolsonaro:

“Vejo que há uma falta de aptidão do presidente da República para exercer o mandato. Ele se fecha num núcleo familiar muito fechado e impenetrável. E qualquer pessoa que queira colaborar ou contribuir ela é entendida, essa contribuição e essa colaboração, por discordar das opiniões dele, como um inimigo ou um comunista. Porque na cabeça dele – ele tem a cabeça de seita – ele quer formar não um governo, mas uma seita em que todos aqueles que estejam ao seu redor digam sempre ‘sim senhor, o senhor é que está certo’.”

Respondendo a uma indagação sobre a atuação do presidente na pandemia de Covid, diz o senador sobre Bolsonaro: “Um desastre absoluto…”.

Isso é uma mostra do vale tudo das manobras que marcam as campanhas políticas do Brasil.

Pior é saber que aliados de hoje podem ser os adversários de amanhã, e vice-versa. Prevalece sempre o que é mais interessante para os personagens da política.

Amor próprio e respeito ao eleitor são mercadorias raras nesse mister.

Tudo bem o estilo “esqueçam o que eu disse”.

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