A ausência do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), do dia a dia das suas atividades como gestor do município tem sido uma marca registrada nesses primeiros sete meses do seu segundo mandato.
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Vereadores, assessores mais próximos e até secretários municipais têm encontrado dificuldades em despachar e até mesmo se encontrar com JHC.
Uma exceção recente foi durante a realização dos festejos juninos, quando ele apareceu bastante festivo e receptivo no camarote principal montado em Jaraguá.
Até mesmo nas redes sociais, uma marca registrada da sua trajetória política, o prefeito tem tido participação insignificante em relação a outros tempos.
A Câmara Municipal está totalmente alheia da gestão, ao ponto de até vereadores da bancada do prefeito viverem, há semanas, a expectativa de uma audiência com JHC.
O que se comenta nos gabinetes e corredores da Câmara e da Prefeitura de Maceió é que João Henrque Caldas tem dedicado praticamente todo o seu tempo, desde o final do ano passado, a viabilizar a nomeação da sua tia Marluce Caldas, procuradora de justiça do Ministério Público Estadual, para o cargo de ministra do Superior Tribunal de Justiça.
A parte mais difícil foi conseguir a indicação por parte do presidente Lula (PT), o que já foi alcançado, e agora ela depende unicamente de uma sabatina no Senado e posterior aprovação do seu nome pelo plenário, o que implica em articulação política, até porque o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre, tinha outro candidato para essa vaga no STJ.
Há quem diga que enquanto o assunto não for esgotado, com a aprovação do nome de Marluce Caldas pelo Senado, JHC não anunciará formalmente sua saída do PL para uma legenda da base aliada nem a desistência de concorrer ao governo em 2026 - compromissos que teriam sido assumidos com o presidente da República.
Essa questão será definitivamente resolvida ao longo deste mês de agosto.
Até lá, a Prefeitura de Maceió viverá esse vazio de poder.
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