Ganha domínio público a informação de que George Santoro, secretário estadual da Fazenda, está vivendo os últimos momentos como integrante da equipe Paulo Dantas.
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Alguém que trabalhou em vários governos, aqui no Estado e no Palácio do Planalto, chega a me perguntar:
“O Santoro vai embora do governo. Será por dissabor ou por que vai faltar dinheiro?”
Eu lhe respondi de pronto:
“Pelos dois motivos”.
Santoro aportou por aqui em 2015, após atuar como figura importante do governo Sérgio Cabral, no Rio de Janeiro, e foi certamente a figura mais importante na estrutura de gestão do ex-governador Renan Filho.
Somente não atuou de maneira ininterrupta no governo do hoje senador e Ministro dos Transportes porque, na interinidade do desembargador Klever Loureiro como chefe do Executivo, foi exonerado do cargo, segundo consta por dar muito palpite político.
Chegou até a ser cogitado para concorrer a um mandato eletivo, mas acabou voltando ao posto com a confirmação de Paulo Dantas como o escolhido para concluir o mandato de Renan Filho.
Reeleito, Dantas o incluiu na primeira leva de secretários confirmados, afastando a hipótese de seu secretário da Fazenda integrar o governo Lula.
Já no final do ano passado, entre a reeleição e a nova posse de Paulo Dantas, surgiram opiniões de especialistas da área econômica sobre as dificuldades financeiras que se avizinhavam para o Estado nesse segundo mandato do governador.
Os comentários se acentuaram com o rolo compressor montado na Assembleia Legislativa para aprovar a apropriação, pelo Estado, de recursos da Alagoas Previdência, apesar dos riscos para as aposentadorias de servidores estaduais.
E George Santoro foi a ponta de lança no encaminhamento da proposta à ALE, chegando a marcar presença numa assembléia de servidores do Fisco convocada para debater o assunto.
Ultimamente o governo tem enfrentado dificuldades de caixa para bancar algumas despesas, especialmente nas áreas de Saúde, Cultura e Educação, e o desgaste, naturalmente, sobra para o titular da Fazenda.
Ainda bem que por enquanto está mantido em dia o calendário de pagamento dos servidores públicos, que voltaram a receber seus salários dentro do mês trabalhado desde o final da gestão de Renanzinho.
Até porque qualquer alteração nesse cronograma pode desencadear um processo de desgaste político de resultados imprevisíveis, como ocorreu em passado não muito distante.
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