Polícia

Padre e motorista de ônibus são vítimas de sequestro relâmpago

Erik Maia com Rádio Pajuçara FM | 10/04/19 - 09h10
Padre e motorista prestaram depoimento na Central de Flagrantes | Rádio Pajuçara FM Maceió / Hélio Góes

Um motorista de ônibus e o padre da paróquia de Satuba passaram por momentos de tensão na manhã desta quarta-feira (10), quando foram vítimas de um sequestro relâmpago. Os dois foram libertados em um canavial na cidade de Rio Largo e, após pedirem ajuda, foram levados até a Central de Flagrantes, para prestar queixa.

De acordo com o que foi apurado pelo repórter do programa Pajuçara na Hora, Hélio Góes, da Rádio Pajuçara FM Maceió, eles foram levados por quatro homens armados. O primeiro a ser pego foi o motorista de ônibus, que estava saindo de casa, no bairro do Clima Bom, em Maceió, quando foi rendido.

“Primeiro me pegaram”, disse o motorista Mário Luiz. “Quando saí de casa. Eles me botaram na traseira e me pediram cartões [de crédito] e eu disse que não tinha. Quando chegaram na ladeira da Satuba, eles me pisaram, me bateram, e quando notaram que não tinha nada, eles decidiram seguir. Fomos em direção à cidade, e foi quando chegamos no local onde pegamos o padre”, explicou dizendo que os homens chegaram a efetuar dois disparos de arma de fogo.

Em Satuba, os bandidos renderam o padre Arnaldo, no momento em que ele se preparava para sair em direção ao povoado São Miguel, na zona rural, para realizar uma celebração tradicional daquela comunidade.

“Eu estava no estacionamento da igreja quando eles me renderam. Eles nos colocaram no banco de trás do carro e seguimos. Foi quando eles entraram em um canavial e o carro atolou. Foi aí que esses jovens nos fizeram descer e empurrar o carro para que ele desatolasse”, narrou.

Padre Arnado assumiu a paróquia de Satuba há 4 meses, e disse que não esperava passar por uma situação dessa. “Nunca passei por isso. É muito traumatizante. Eu me identifiquei porque eles estavam dentro do estacionamento da igreja, mas eles acharam que eu tinha mais dinheiro por ser padre. Eles me deitaram, revistaram, mas não posso falar sobre violência, não me agrediram”, afirmou.

Os quatro homens fugiram levando o aparelho de celular e o carro do padre, um Ford KA, de cor branca e placas QLB-8368. O veículo ainda não foi encontrado.

De acordo com o relato dos dois, eles só conseguiram ajuda após caminharem e chegarem ao Centro de Ciências Agrárias da Ufal, em Rio Largo, quando conseguiram ligar para familiares. “Encontramos uma faculdade aberta e pedimos ajuda ao segurança do local. Foi quando liguei pra casa e meu genro veio me buscar”, pontuou o motorista.