Saúde

Paraná tem fila para UTI de Covid; com investimentos, estados menores como Alagoas ainda suportam demanda

12/06/21 - 12h35
Paraná: grande estrutura tem sido insuficiente para demanda por leitos

O crescimento dos casos graves de Covid-19 pressiona a ocupação de leitos em todo o país, e é nessa hora que a estrutura hospitalar de cada estado faz a diferença entre vida e morte. Os números recentes de ocupação de leitos mostram que mesmo estados conhecidos por possuir as melhores estruturas hospitalares do país acabam não dando conta, e outros bem menores, como Alagoas e Piauí estão conseguindo evitar o colapso.  

O Paraná por exemplo, com uma estrutura hospitalar – seja privada ou pública - historicamente maior, tem fila de espera para as UTIs. Por lá, 663 pessoas estão na trágica fila de espera por leito de UTI para Covid-19. Em maio, a capital, Curitiba, chegou a ter 100% de ocupação dos leitos.

Por outro lado, estados menores como Alagoas e Piauí, têm, apesar de a pandemia não dar trégua, “segurado as pontas” e se mantido com leitos suficientes para suportar a demanda, até o momento. Mesmo já tendo chegado a 93% de ocupação, Alagoas tem ampliado a margem de vagas acima dos 10% nos últimos dias, estando hoje com 88% de ocupação nas UTI’s para a Covid-19. Na capital, a ocupação está em 86%, uma margem de 14% livre, segundo a Sesau. Já o estado do Piauí conta com 20% dos leitos para pacientes com Covid ainda desocupados, segundo o boletim mais recente.

Alexandre Ayres: mais de R$ 1,3 bilhão na saúde pública em 2019

Questionado sobre a possibilidade de Alagoas vir a sofrer com filas em UTI, o secretário Alexandre Ayres argumenta que os investimentos da gestão atual têm sido decisivos para evitar cenários como o do Paraná. Dias depois de prorrogar o decreto com as medidas de distanciamento social, ele diz que o combate à pandemia continua, dependendo também do empenho da população em cumprir com as regras de restrições.

“Alagoas investiu mais de R$ 1,3 bilhão na saúde pública em 2019. A construção e entrega dos Hospitais da Mulher, Metropolitano, Regional do Norte e da Mata e das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) dos bairros do Jacintinho e Tabuleiro do Martins, em Maceió, são um marco dos investimentos do Governo na saúde pública”, argumentou Ayres.

“De 2019 até 2021, o Governo de Alagoas já inaugurou quatro hospitais, contratou profissionais de saúde, e esse incremento não se refletiu em aumento de gastos. A Secretaria de Estado da Saúde continua trabalhando com os mesmos recursos, porém a saúde está mais forte, mais ampla e cada vez mais próxima do cidadão alagoano. Tudo isso tem sido crucial para evitarmos um colapso. A pandemia continua, nosso trabalho também, e claro, contamos com o apoio da população em cumprir o distanciamento social”, alertou.

Inaugurado em 2020, Hospital Metropolitano trouxe mais 160 leitos exclusivos para a Covid 

No Piauí, secretário de Saúde também ressalta  evolução dos investimentos

Em entrevista à comunicação do governo, o secretário de Saúde do Piaui, Florentino Neto, também destaca os investimentos recentes no setor hospitalar. “Nosso trabalho dentro da saúde do estado vem evoluindo cada vez mais. Nós já vínhamos trabalhando em investimentos antes da pandemia, e com a chegada dessa questão os investimentos aumentaram ainda mais. Além disso, temos previsões mais do que positivas  para a nossa rede, com mais investimentos, um exemplo disso é o PRO Saúde que irá melhorar ainda mais o nosso trabalho na saúde do Piauí”, destaca o secretário.

"Esperamos ainda que, mais na frente, quando essa avaliação for feita em relação ao ano de 2020, os números do Piauí sejam ainda mais positivos, uma vez que foram feitos seguidos investimentos na nossa rede, devido a pandemia do novo coronavírus”, comemora FLorentino.