Contextualizando

Paulo Dantas tem adotado discurso de conciliação. O que lhe reserva o futuro?

Em 2 de Janeiro de 2023 às 14:03

Quem tem conversado com Paulo Dantas ultimamente tem observado no governador uma postura diferente daquela do candidato em 2022, quando as circunstâncias o fizeram adotar um discurso mais agressivo, até por ter de responder às acusações que culminaram com seu afastamento do cargo, durante alguns dias, por decisão judicial.

Dantas reafirmou, em sua posse, o que já vinha pregando em discursos, entrevistas e simples conversas nos dias que antecederam à sua investidura para o segundo mandato: a conciliação política.

Nessas mensagens de pacificação até tem incluído o senador Rodrigo Cunha, que foi o seu maior adversário na disputa pelo governo.

Aos 43 anos, bastante jovem ainda, Paulo Dantas tem, naturalmente, todo um futuro político à sua frente e precisa definir prioridades para viabilizá-lo.

Se quiser concorrer a algum mandato em 2026 terá de se afastar seis meses antes de concluir a gestão e, não lhe sendo possível concorrer de novo ao governo, pois está exercendo a reeleição, resta-lhe disputar para senador, deputado estadual ou federal – a Presidência da República seria o outro cargo disponível, mas não parece razoável tal pretensão.

Em 2026, as vagas em disputa para o Senado são as de Renan Calheiros e de Rodrigo Cunha e, como não seria factível voltar a ser deputado estadual, o aparentemente lógico é concorrer à Câmara dos Deputados.

Mas não está descartada uma dobradinha com Renan para onSenado.

Qualquer que seja a sua opção, terá mesmo de ampliar espaços na seara política – além, naturalmente, de precisar fazer uma boa gestão.

O menos lógico para Paulo Dantas é concluir o mandato – o que permite antever que seu vice, Ronaldo Lessa, deve assumir efetivamente o terceiro mandato de governador, com possibilidades legais de disputar a reeleição.

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