Maceió

Pinheiro: moradores de área de risco devem sair antes da quadra chuvosa

Erik Maia / Deborah Freire | 16/01/19 - 12h10

Apenas Indícios. É o que apontam até agora os levantamentos que buscam encontrar as causas do problema que já provocou rachaduras em paredes, afundamento de piso e até um tremor no mês de março do ano passado, no bairro do Pinheiro, segundo  afirmou o engenheiro da Defesa Civil Nacional, Rafael Machado, na manhã desta quarta (16), durante reunião na sede da Prefeitura de Maceió.

De concreto sobre os resultados das pesquisas, ele diz apenas que o que se tem até agora direciona os trabalhos para a possível retirada de moradores de áreas de risco maior antes da quadra chuvosa, que inicia em abril.

Para tal saída, ele citou a importância da existência do Plano de Contingência, que será apresentado na sexta, para direcionar as ações de cada órgão responsável (governo federal, Estado e Município). “Se for necessário, nós daremos apoio. As defesas civis locais conhecem o rito de acionamento. Ratifico que o governo federal trata o caso como prioridade”, declarou.

Existem 6700 imóveis no Pinheiro e 21 mil moradores, mas nem todos deverão precisar deixar suas casas.

Braskem

Durante a reunião, o vereador Francisco Sales questionou por que a Braskem ainda opera com a extração de salgema no subsolo do bairro Pinheiro e região. Em resposta, um representante da Agência Nacional de Mineração disse que os poços estão paralisados desde junho do ano passado.

O vereador afirmou que o poço do Mutange está em funcionamento, mas novamente a Agência de Mineração rebateu com a informação de que os poços em atividade estão na região lagunar.

Durante a coletiva, um representante da empresa destacou que a Braskem está elaborando um amplo e detalhado estudo sobre o local. 

Boatos espalham medo

No debate, também foi abordado o compartilhamento de informações não oficiais, muitas delas falsas, sobre o problema. Órgãos de Defesa Civil pediram que todas as informações sejam repassadas com responsabilidade e a partir de fontes oficiais.

As defesas civis municipal e estadual estão trabalhando para criar um canal oficial de divulgação para facilitar o esclarecimento de dúvidas pela população.