Contextualizando

Piso da enfermagem une esquerda e direita contra decisão do STF

Em 5 de Setembro de 2022 às 06:25

A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, de suspender por liminar a lei que criou o piso nacional de enfermagem, desagradou a gregos e troianos, para usar um linguajar bem popular.

Barroso atendeu ao pleito da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços, sob o pretexto de em 60 dias ser feita uma avaliação do impacto financeiro que beneficia os profissionais de enfermagem.

De entidades sindicais à classe política a chiadeira foi geral, independentemente de ideologia partidária, inclusive aqui em Alagoas.

“É um imenso retrocesso”, disse o senador Rodrigo Cunha, candidato a governador pelo União Brasil, que se empenhou pela aprovação do projeto no Congresso.

“Recebi com surpresa e indignação a notícia de que o piso nacional da enfermagem foi suspenso por uma decisão do STF”, manifestou-se a deputada federal Teresa Nelma (PSD/AL).

“Nós vamos seguir mobilizados para que essa decisão seja derrubada o quanto antes pelo plenário do Supremo”, comentou o deputado federal Mar Beltrão (PP/AL).

“É um desserviço e uma injustiça à classe trabalhadora”, protestou o deputado federal Paulão (AL), do oposicionista Partido dos Trabalhadores.

“Respeito as decisões judiciais, mas não concordo com o mérito em relação ao piso salarial dos enfermeiros”, reagiu o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), aliado do presidente Jair Bolsonaro, prometendo: “podem contar comigo para continuarmos na luta do que foi decidido em plenário”.

São apenas algumas manifestações de políticos alagoanos.

Pelo que se vê do quadro em Alagoas, dá para imaginar que o ministro Luís Roberto Barroso conseguiu um feito extraordinário em nível nacional: unir direita e esquerda.

Gostou? Compartilhe  

LEIA MAIS

+Lidas