A deputada estadual Jó Pereira (PSDB), candidata a vice do senador Rodrigo Cunha (União Brasil) ao governo do Estado, abordou no plenário da Assembleia Legislativa o episódio ocorrido no Estádio Municipal de Arapiraca, em que Cunha denunciou ter sofrido provocações do delegado Kelmann Vieira, que é vereador em Maceió e exerce o cargo de Secretário de Estado da Prevenção à Violência.
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Jó Pereira considerou agravante o fato ter sido presenciado pelos filhos de Rodrigo Cunha, que têm conhecimento da história de violência na família, cujos pais, Juvenal e Ceci Cunha, foram assassinados por questões políticas – Ceci era deputada federal e o crime foi encomendado por Talvane Albuquerque, primeiro suplente da sua coligação, par assumir o mandato em lugar dela.
“No momento em que a própria CBF e times locais vêm promovendo a participação de todos nos estádios, nos vemos em um cenário de torcida única, onde a motivação do episódio de violência foi política. Em um estado nacionalmente conhecido, infelizmente, por sua violência política, a motivação não foi briga de torcida, porque todos torciam pelo gigante ASA de Arapiraca”, disse a deputada.
E prosseguiu: “Quero pedir ao governador tampão pelos alagoanos, por nós, alagoanas, pelas pessoas de todas as religiões, pela paz nos estádios, pela não violência política, que faça da Seprev uma secretaria de articulação da paz, que entregue ao alagoano um futuro melhor”.
O deputado Bruno Toledo (MDB) criticou Jó Pereira, se referindo a ela como “egocêntrica e petulante”, por lembrar o assassinato de Ceci Cunha, argumentando que sua fala seria uma tentativa de transformar Rodrigo Cunha em vítima.
“Vossa excelência me chamou de atrevida, mas sou uma deputada estadual que faz parte da maior bancada feminina da história desse Parlamento. Se, para o senhor, ser mulher e ter sido a mais votada é ser atrevida, esse é um conceito equivocado”, retrucou Jó.
O deputado Davi Maia (União Brasil) interveio dizendo que ninguém representa mais a vítima de violência política nesse estado do que Rodrigo Cunha. Lembrou que o caso é mai emblemático ainda por envolver o Secretário de Prevenção à Violência, lamentando que o governador Paulo Dantas (MDB) não tenha feito um pronunciamento a respeito.
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