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Polícia Civil abre inquérito para investigar técnica que não aplicou vacina em idosa

TNH1 | 12/02/21 - 10h30
Reprodução

A Polícia Civil confirmou a abertura do inquérito para investigar a atuação da técnica de enfermagem que não aplicou corretamente a vacina contra Covid-19 em uma idosa de 97 anos, em Maceió, no último dia 28. A informação foi confirmada pela assessoria da PC ao TNH1.

A polícia destacou que deve começar a colher os depoimentos dos familiares da idosa, além da acompanhante dela, logo após o período carnavalesco. A profissional de saúde, porém, não deve ser intimada a depor nesse primeiro momento.

Após examinação, o Instituto de Criminalística (IC) concluiu que as 119 seringas descartadas na caixa coletora usada pela técnica, no dia do caso, não apresentaram defeitos. A polícia já teve acesso ao laudo e vai inseri-lo no processo.

O TNH1 tentou contato com o delegado Antônio Edson, responsável pela investigação, por meio de ligação telefônica, porém não teve sucesso até a publicação da reportagem.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirmou que a referida técnica de enfermagem permanece afastada de suas funções enquanto estiver sendo realizado o procedimento interno de sindicância, que ocorre em sigilo e se encontra em fase de conclusão.

"A SMS informa ainda que não há nenhum outro procedimento ou ocorrência anterior referente à atuação da profissional e reforça que o parecer final da Comissão de Sindicância será encaminhado ao Ministério Público Estadual", disse a SMS em nota.

O caso

A  Secretaria de Saúde de Maceió (SMS) afastou a técnica de enfermagem, no primeiro dia de vacinação para idosos a partir de 85 anos, após ela ser filmada aplicando a vacina contra Covid-19 em uma idosa de 97 anos, em um shopping da parte alta da cidade. O problema é que, durante a aplicação, o líquido permanece dentro da seringa e não é introduzido no braço da idosa. O vídeo viralizou nas redes sociais e aplicativos de mensagem.

O erro da profissional também está sendo investigado pelo Conselho Regional de Enfermagem e mobilizou o Ministério Pública Estadual, que também cobra explicações sobre o procedimento.