Polícia

Polícia Civil investiga mais dois casos de cães intoxicados por petiscos em Alagoas

TNH1 com PC AL | 13/09/22 - 11h23
Ilustração

Mais dois casos suspeitos de intoxicação de cães estão sendo investigados pela Polícia Civil de Alagoas. Com esses, já são três casos em investigação no estado com a suspeita de ligação com os petiscos supostamente contaminados. 

De acordo com informações do chefe de operações do 2º Distrito Policial, do bairro da Pajuçara, Luciano Gomes, na última sexta-feira (09), mais duas pessoas procuraram a delegacia para registrar Boletim de Ocorrência depois que os pets delas sofreram intoxicação. Um cachorro morreu e uma cadela sobreviveu. Eles haviam ingerido petiscos da marca Bassar que estão sendo investigadas em todo o país, após virem à tona vários casos de intoxicação. 

A Polícia Civil disse que as investigações estão em andamento e o material já foi enviado para ser periciado. A PC está aguardando o resultado dos exames e vai ouvir as tutoras dos animais e os veterinários que atenderam os cachorros. O chefe do 2º DP, no entanto, não soube dizer qual a raça dos animais e quando os casos aconteceram. 

No último dia 06, o primeiro caso em Alagoas veio à tona, na cidade do Pilar. A tutora de um cão da raça Shih-tzu procurou a Polícia Civil para denunciar a morte do animal, depois de ingerir petiscos supostamente contaminados. A morte foi registrada no Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) do Pilar, na região metropolitana de Maceió, cidade onde a tutora morava com o pet.

O animal morreu no último dia 28, mas o caso só foi registrado no dia 02, quando a tutora tomou conhecimento de outras mortes no Brasil, possivelmente causadas por um componente químico presente em lotes específicos das marcas de petiscos que ela costumava comprar para o cachorrinho.

Chocolate, como era carinhosamente chamado o cão de um ano e nove meses, ingeriu petiscos de duas marcas que já estão sendo investigadas após a morte de cães.

"Ele começou a comer os petiscos na segunda-feira e na sexta-feira seguinte vomitou pela primeira vez. Depois do vômito, levei imediatamente ao veterinário para que fosse medicado, mas não houve melhora. Voltei outras vezes para que ele fizesse exames, quando foram verificadas alterações nos rins e no fígado, além de uma anemia", lembra a tutora, Ana Carolina.

A correria para tentar identificar e tratar Chocolate durou 13 dias e custou mais de R$ 10 mil, de acordo com a tutora, que ainda não consegue lidar com o vazio e a angústia, resultados da morte repentina do pet. "No sábado comecei uma medicação e domingo ele teve piora. Todos os exames de possíveis doenças davam negativo, reforçando a tese de intoxicação. Na segunda ele precisou de transfusão de sangue e na quarta-feira foi transferido para uma clínica com UTI, mas não resistiu e faleceu na manhã seguinte", disse ela.

A morte de Chocolate está sendo investigada pelo delegado Ronilson Medeiros, titular do 23º Departamento de Polícia.