Contrariando todas as evidências, o senador Renan Calheiros (MDB/AL) anunciou que não fará parte da CPMI do INSS, colegiado formado por senadores e deputados federais que iniciou a apuração de fraude bilionária que lesou mihões de pensionistas e aposentados.
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"Não saí porque nunca entrei", disse o parlamentar alagoano na sua rede social X (antigo Twitter), embora quando da divulgação dos membros da comissão, há duas semanas, seu nome tenha sido anunciado oficialmente e ele tenha silenciado desde então.
O fato é que Renan e outros apoiadores do governo Lula (PT) foram surpreendidos no dia da escolha dos membros da CPMI, quando o comando da comissão, ao contrário das expectativas, passou a ser exercido pela oposição - senador Carlos Viana (Podemos-MG) na presidência e o deputado Alfredo Gaspar (União Brasil/AL) como relator.
A tendência, então, passou a ser de um rolo compressor contra o governo, que não apurou devidamente o rombo causado aos cofres do INSS - até agora, por exemplo, ninguém foi preso, apesar de inúmeras evidências de envolvimento de pessoas ligadas a sindicatos e outras entidades comandadas por pessoas ligadas ao governo.
Nessa segunda-feira, 1o, a CPMI do INSS avançou efetivamente na apuração do caso, ao acatar pedido do relator Alfredo Gaspar e se manifestar pela necessidade de prisão de 21 envolvidos no episódio que lesou aposentados e pensionistas.
Antecipando-se a um dano ainda maior, do ponto de vista político, Renan Calheiros preferiu evitar desgastes para si próprio, optando por se afastar da comissão - logo ele, que seria um dos principais nomes a atuar em favor do governo junto ao colegiado.
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