Consumada a aprovação, pelo Senado Federal, da sua tia Marluce Caldas, procuradora de justiça do Ministério Público de Alagoas, para ser ministra do Superior Tribunal de Justiça, os holofotes agora se voltam para o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL).
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É que a opção do presidente Lula (PT) por ela, a partir de uma lista tríplice escolhida pelo próprio STJ em outubro do ano passado, só teria ocorrido por conta de um amplo acordo com JHC para ele desistir de ser candidato a governador em 2026 e a se engajar no apoio à reeleição de Lula e à candidatura do senador Renan Calheiros Filho ao governo de Alagoas.
Ocorre que exatamente na véspera de a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovar Marluce Caldas e o plenário da Casa homologar sua indicação, pessoas bem próximas a JHC andaram especulando que o prefeito estaria pretendendo ser mesmo candidato ao governo, rompendo o compromisso assumido.
Durante todo o processo de escolha de um integrante da lista tríplice do Ministério Público para a vaga no STJ, JHC evitou comentar publicamente se cumpriria ou não o acordo, deixando no ar qual seria, finalmente, sua postura.
Não por acaso, na sessão de ontem da CCJ, o senador Renan Calheiros derramou-se em elogios ao prefeito de Maceió, num afago de quem está mesmo interessado em tê-lo como aliado e, ao mesmo tempo, tirando-o do embate com Renan Filho no próximo ano.
Daí a importância de uma declaração pública de JHC sobre seu próprio futuro político, ele que passa a ser a bola da vez na atual conjuntura política de Alagoas.
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