Maceió

Prefeitura de Maceió suspende prazo com cobrança de vacinação obrigatória a trabalhadores

Bruno Soriano | 21/08/21 - 15h23
Prefeitura vai discutir situação com entidades para, posteriormente, publicar portaria | Edvan Ferreira/Assessoria

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) emitiu uma nota à imprensa, na tarde deste sábado (21), para esclarecer o conteúdo de um ofício entregue a entidades prestadores de serviço determinando que cobrem de seus funcionários que se vacinem contra a Covid-19, sob pena de suspensão das atividades. O ofício do Gabinete de Gestão Integrada para o Enfrentamento da Covid-19 estabelecia o dia 28 de agosto como prazo para que todos os colaboradores ou permissionários recebessem a vacina disponibilizada pelo Município, prazo este que, segundo a SMS, está suspenso.

Isso porque, segundo a secretaria, a equipe do gabinete de enfrentamento à Covid-19 vai discutir o teor da circular junto às entidades, já na próxima semana. Após as discussões, reforça a SMS, uma portaria será publicada a fim de regulamentar a questão, havendo, inclusive, a possibilidade de abertura de procedimento administrativo contra servidores que ainda se recusam a tomar a vacina – já que estados e municípios já foram autorizados, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a adotar a vacinação compulsória.

“O GGI-Covid reforça que a medida pretende salvar vidas e evitar uma terceira onda da Covid-19 em Maceió, além de manter o setor produtivo em funcionamento, mas com segurança”, diz a nota da SMS.

O ofício a que o TNH1 teve acesso foi expedido nessa sexta-feira, 20, a dezenas de entidades, como Aliança Comercial, Câmara de Dirigentes Lojistas e Associação de Bares e Restaurantes, além dos três maiores centros de compras da capital. 

No comunicado, o GGI-Covid lembra que Maceió entrou na reta final de imunização, apesar de cerca de 25 mil pessoas ainda não terem comparecido para tomar a segunda dose, solicitando que fosse determinado a todos os seus colaboradores que se vacinassem, com qualquer das doses, até a próxima sexta-feira, 27.

No mesmo comunicado, anunciou também a realização de blitze – com o apoio da Vigilância Sanitária e Secretaria de Segurança Comunitária e Convívio Urbano – em vários pontos da cidade para identificar se pessoas que ainda não se vacinaram estão trabalhando em hotéis, restaurantes, shoppings e feiras livres, por exemplo.

“Caso ocorra a identificação de colaboradores sem vacinação, a partir do sábado, dia 28 de agosto, o estabelecimento comercial ou permissão pública terá suas atividades suspensas por no mínimo 15 dias, podendo chegar a dois meses, dependendo do número de pessoas que não estejam vacinadas”, diz trecho do ofício circular.

Ao TNH1, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), por sua vez, informou ainda não haver, a nível estadual, nenhuma movimentação no sentido de se estabelecer prazos em que entidades e estabelecimentos comerciais devam comprovar a vacinação de seus colaboradores.