Maceió

Prefeitura de Maceió transfere Carnaval para o mês de setembro e mantém ponto facultativo

TNH1 com informações da Secom Maceió | 03/02/21 - 14h49
Pei Fon/Secom Maceió

A Prefeitura de Maceió anunciou, em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira, 3, que o Carnaval foi adiado para o período entre os dias 4 e 7 do próximo mês de setembro, e que o ponto facultativo na capital está mantido para os dias 15 e 16 de fevereiro. 

A projeção da data em setembro, na avaliação da gestão municipal, é que exista um avanço na vacinação populacional neste período de sete meses. Já sobre a manutenção do ponto facultativo em Maceió, o entendimento é de que a decisão possa ajudar o setor produtivo, que mesmo minimizado, deve ser beneficiado com a manutenção de empregos. 

"De antemão já posso dizer que blocos, prévias, trios, aglomerações, nada disso será permitido no período que compreende o sábado, o domingo, a segunda e a terça-feira de Carnaval, que seria dia 16 de fevereiro. Evidentemente que uma decisão como essa não é pautada somente na nossa vontade ou de quem quer que seja, isso é uma decisão pautada em estudos científicos, na opinião científica dos epidemiologistas, que apontam para o mês de março uma possibilidade real de crescimento na curva de contaminação do coronavírus em todo Brasil", disse o coordenador do Gabinete de Gestão Integrada para o Enfrentamento à Covid-19, Claydson Moura. 

A nova data para o evento deve ser entre 4 e 7 de setembro, quando a pandemia poderá estar controlada e a imunização da população bem mais avançada. O dia 7 de setembro já é feriado nacional, com isso a segunda-feira seria “imprensada”.

 “Esperamos que toda a imunização continue crescendo. Vamos avançar nas faixas de mais idade, reduzir a hospitalização e os óbitos e aumentar capacidade de atendimento. Escolhemos setembro porque imagina-se um cenário melhor, pelo que a ciência está avançando. Queremos garantir que a cultura do Carnaval não morra”, declarou Claydson Moura.

No mês de setembro, deverá haver a apresentação das tradicionais escolas de samba na orla de Pajuçara, blocos de rua nos bairros além do desfile do tradicional Pinto da Madrugada. A organização já se mostrou disposta a colocar o bloco na orla no dia 4 de setembro.

“O que temos que pensar é que são dois carnavais, um para descanso, a partir da decretação do ponto facultativo, o que vai estimular o setor turístico, e o segundo é o Carnaval em si, que pode ser realizado em setembro, com um período para ser bem planejado, obedecendo todos os protocolos de segurança contra a covid-19, mas também canalizando os recursos financeiros do Município para o que é importante agora, imunizar a população”, ressaltou a presidente da FMAC, Mirian Monte.

Já o secretário de Turismo ressaltou que qualquer bloco que queira fazer carnaval em Maceió no segundo semestre será muito bem vindo. “E nós vamos vender para o Brasil inteiro que Maceió tem carnaval sim, mas vai ser no segundo semestre”, destacou Ricardo Santa Ritta.

Decreto de fiscalização

Para garantir que não haja aglomerações durante o período carnavalesco, a Prefeitura editará um decreto que deve ser publicado até a próxima sexta, com as regras a serem seguidas por restaurantes, bares e estabelecimentos do setor em geral, além da própria população.

De acordo com o coordenador do GGI Covid-19, elas serão ainda mais rígidas do que as previstas no decreto que liberou música ao vivo nos bares. Um telefone para denúncias será disponibilizado pela Prefeitura nos próximos dias e a fiscalização ficará a cargo da Semscs.

“Precisamos manter a responsabilidade. A euforia não pode ser maior que a prudência. Não vai ter Carnaval em nenhum molde, comemoração de rua, bloco, nada. No decreto, a Prefeitura vai dizer que blocos, prévias, aglomerações, trios, nada disso será permitido. Evidentemente que uma decisão como essa não é pautada na nossa opinião, mas em estudos científicos que apontam para a possibilidade real do crescimento de casos em março por conta das chuvas”, acrescentou Claydson Moura.

A fiscalização contará com o apoio dos agentes da Secretaria Municipal de Segurança Comunitária e Convívio Social, Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) e do Comando de Policiamento da Capital (CPC) da Polícia Militar.

Os estabelecimentos que descumprirem poderão ter a licença suspensa por seis meses ou mais e ser denunciados ao Ministério Público por crime contra a saúde pública.