Polícia

Protesto pede justiça e cobra pressa na investigação da morte de uma criança no Clima Bom

Erik Maia | 13/10/19 - 15h51
Cortesia ao TNH1 / tenente Heitor - 4º Batalhão da PM/AL

Moradores do bairro do Clima Bom fecharam um trecho da BR-316, que liga a capital a cidade de Satuba, na Região Metropolitana de Maceió. Ele protestam e pedem justiça pela morte de um menino de apenas sete anos de idade, assassinado por uma mulher motivada por vingança.

O TNH1 conversou com Andreia e Taciana Kelly, apontadas pela Polícia Militar, como líderes do protesto. Elas explicaram que a rodovia está bloqueada em três pontos e que a população do bairro aderiu ao protesto por revolta.

“Eu estou aqui como mãe, assim como muitos pais também vieram por estarem indignados com o crime. Nós queremos justiça”, desabafou Taciana Kelly.

A reportagem conversou com o oficial supervisor do 4º Batalhão da Polícia Militar, tenente Heitor. Ele explicou que apesar dos três pontos de bloqueio, o protesto segue de foram pacífica. O militar enviou imagens a reportagem que mostram um dos pontos do bloqueio; assista:

O supervisor explicou ainda que os manifestantes pedem a presença da imprensa e uma reunião com o secretário de Segurança Pública, o coronel Paulo Lima Júnior.

“Eles pedem essa reunião com o secretário, mas fomos informados que uma reunião já foi marcada para a manhã desta segunda-feira, onde o assunto será discutido”, explicou.

O protesto durou cerca de duas horas. A rodovia foi liberada após as mulheres conversarem com a reportagem do TNH1.

O caso

Danilo Almeida Campo, de apenas sete anos, foi encontrado morto após ser abordado por uma mulher desconhecida, em uma rua no Clima Bom II. De acordo com a polícia, o menino tinha ido até a oficina do padrasto, por volta das 13h, acompanhado do irmão gêmeo, levar um talher, quando ambos foram abordados pela mulher, que segundo a criança sobrevivente tinha o cabelo verde.

Houve uma mobilização de moradores do bairro à procura da criança, mas ela só foi encontrada na madrugada, em um local conhecido como Beco da Malil.

A Perícia e o IML foram acionados e constataram que o menino tinha marcas de facadas na cabeça e, ainda, que o crime não teria sido cometido naquele local.

Apesar da polícia acreditar na vingança como motivação, familiares e disseram em depoimento que não sabem a quem atribuir o crime.

Imagens de câmeras de segurança da região serão solicitadas pela polícia para o esclarecimento do crime. O inquérito será conduzido pelo delegado Bruno Emílio.

Quem tiver alguma informação que ajude a polícia a esclarecer o crime pode ligar para o disque denúncia, no número 181. A ligação não precisa ser identificada.