Contextualizando

Quando a indignação do cidadão comum é algo normal para alguém como Sérgio Cabral

Em 19 de Junho de 2023 às 15:55

A impunidade que campeia no Brasil já começa a provocar situações inusitadas, como a que aconteceu no final de semana com o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.

Preso por corrupção durante sua gestão no governo, foi sentenciado a vários anos de prisão, porém, como todos os outros condenados pela Operação Lava Jato, está beneficiado com a liberdade.

Achando pouco o absurdo de estar longe da cadeia, Sérgio Cabral tem usado as redes sociais para insinuar, em vídeos, o seu retorno à atividade política, e até esnoba as pessoas de bem que restam no Brasil ao usar vídeos também numa academia, fazendo exercícios físicos.

Nas imagens, o sorriso cínico de quem sabe as patifarias que cometeu e que hoje usufrui, sabe-se lá a que preço, das regalias concedidas pelo Poder Judiciário.

No fim de semana, o ex-governador sentiu a indignação de brasileiros decentes: foi a um bar no Rio de Janeiro e, tão logo saiu, o proprietário deu um banho de sal grosso no estabelecimento, para espantar os maus fluidos de visita tão indesejada.

Para se ter ideia da situação, tão logo Sérgio Cabral chegou ao bar vários clientes pediram a conta e foram embora, constrangidos com presença tão inconveniente.

O que para um cidadão comum seria um vexame, para alguém do nível de Cabral é algo da mais absoluta normalidade.

Só falta agora algum togado entender que a indignação “atingiu o estado democrático de direito” para determinar alguma punição contra o dono do bar e os clientes que recusaram a companhia de um criminoso.

Nos tempos atuais, “a peste é quem duvida” – como costuma se dizer no interior em situações assim.

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