Lula mal acabara de ingerir o primeiro gole da comemoração pela sua volta ao Palácio do Planalto e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), apressou-se em cumprimentá-lo pela vitória.
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Já no dia seguinte, o deputado, líder do maior grupo de integrantes da Câmara, o “Centrão” – calculado em cerca de 260 parlamentares – fez chegar ao futuro presidente o recado de que somente aceitaria conversar sobre pautas comuns e fosse com o próprio Lula.
O recado continha uma mensagem subliminar do tipo “O poder já não emana do Palácio do Planalto”.
Recado enviado, recado recebido: Lula respondeu a Arthur Lira já marcando um encontro entre eles na próxima semana.
Assim, o maior aliado do ainda presidente Jair Bolsonaro, que tantas vitórias legislativas assegurou ao Executivo na sua gestão, vai cantar em outra freguesia.
Prevalece mais uma vez a máxima: “Rei morto, rei posto”.
Tenho dito e repetido neste blog que é assim que caminha a humanidade (ou a classe política, como queiram): os adversários numa eleição podem ser os aliados numa próxima eleição, e vice-versa.
O eleitor, que envolve até a alma por seus candidatos preferidos, continua a ser um mero detalhe nesse processo.
Mas, por dever de Justiça, é preciso dizer que Arthur Lira age como presidente da principal casa legislativa do Brasil e não é o único nessa metamorfose política, já que muitos outros líderes partidários estão se declarando ao futuro presidente.
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