Dezesseis edições depois, muitas são as histórias envolvendo ex-participantes do Big Brother Brasil, nem todas positivas. O escândalo mais recente foi do Laércio, do BBB16, que foi preso sob acusação de estuprar uma menina de 13 anos. Veja os brothers que, como ele, viraram caso de polícia.
Acusação de estupro — Laércio de Moura (BBB16)
O caso mais recente é o do designer de tatuagens Laércio, da edição 2016 do programa. O ex-BBB foi preso nesta segunda-feira (16), em Curitiba, suspeito de estupro de vulnerável e de fornecer bebidas alcoolicas para menores de idade. A Polícia Civil do Paraná divulgou conversas do ex-BBB com adolescentes e confirmou ao R7 que ele pode pegar até 15 anos de prisão.
Logo na primeira semana dentro da casa do Big Brother Brasil, uma conversa entre Laércio e Ana Paula Renault irritou os internautas. O ex-brother contou que gostava de se relacionar com meninas mais jovens, e o comentário causou repulsa nas redes sociais. Durante a conversa, ele ainda revelou que usava álcool para facilitar o sexo com menores de idade, além de dizer que tinha duas namoradas, de 17 e 19 anos.
— Eu gosto de uma novinha. O problema é que para mim só aparecem novinhas mesmo, tipo 17, 18, 20 anos.
A Polícia Civil do Paraná divulgou conversas do ex-BBB com adolescentes. Nos prints (fotos) divulgados pela polícia, o ex-BBB revela seus fetiches para a menor de idade e fala em beber com ela. Ainda nas mensagens trocadas, a vítima que teria sido estuprada - atualmente com 17 anos, chegou a pedir para ele “dar um tempo”, pois a mãe estava “desconfiando”.
Acusação de estupro — Daniel Echaniz (BBB12)
O ex-participante do Big Brother Brasil 12, Daniel Echaniz, foi expulso do programa após suspeita de estupro contra Monique Amin, também participante daquela edição do reality. Num vídeo espalhado nas redes sociais, o modelo aparece fazendo movimentos suspeitos sob o edredom com a colega de confinamento, que estava embriagada. A repercussão foi tão grande que a produção preferiu afastar Daniel para que ele respondesse às acusações.
O caso também foi parar na polícia, no entanto, a Justiça do Rio de Janeiro decidiu arquivar o inquérito contra Daniel. O tribunal entendeu que, de acordo com o depoimento de Monique, não houve crime e fechou o caso.
Naquela época, Daniel também foi absolvido da acusação de estupro vulnerável apresentada pela modelo brasileira Tatiane Eyng. Em entrevista ao Domingo Espetacular, em janeiro de 2012, a modelo relatou que havia sido estuprada em 2010, na Itália. O ato, segundo afirmou, aconteceu no momento em que estava dormindo. Tatiane contou que morou com Daniel e a ex-namorada dele em Milão, onde os três trabalharam como modelo.
Em entrevista ao R7, Daniel, que na semana passada foi absolvido de outra acusação de estupro de vulnerável, falou sobre a preocupação com a filha de um ano e três meses e sobre quanto o episódio do reality show atrapalhou a carreira de modelo e provocou danos à sua imagem.
— É preciso ter mais noção antes de apontar o dedo, antes de prejulgar. Só fale quando tiver certeza. Com “acho”, com “se”, você destrói a vida de uma pessoa.
Pancadaria em hotel — Yuri Fernandes (BBB12 e BBB13)
Em setembro de 2014, o ex-BBB Yuri Fernandes foi detido pela polícia por suspeita de agredir a bailarina do programa do Faustão Ângela Sousa. Os dois tiveram um desentendimento e acabaram se agredindo.
Na delegacia, Yuri alegou inocência e disse que precisou conter a então namorada no intuito de evitar que ela se machucasse em razão do seu estado emocional.
Na ocasião, Yuri usou as redes sociais para mostrar os hematomas que teve no rosto. O mesmo fez Ângela Sousa.
Os representantes legais do ex-BBB disseram na ocasião que "realmente houve uma discussão entre o casal, motivada por uma crise de ciúmes de sua namorada".
Yuri e Ângela estavam juntos desde fevereiro de 2013. A relação dos dois sempre foi intensa, com pelo menos dois términos noticiados — em setembro de 2013 e junho de 2014 —, mas permeada de muitas declarações de amor públicas. Em entrevista ao programa Domingo Show, da Record, Ângela disse que não bateu em Yuri. Até hoje, o caso dos dois corre na Justiça.
Escândalo com senador americano — Juliana Lopes Leite (BBB4)
Juliana, participante da quarta edição do Big Brother Brasil, esteve envolvida em um escândalo de corrupção nos Estados Unidos. A história foi inicialmente publicada no jornal New York Post. A ex-BBB seria uma das beneficiadas no esquema do senador Robert Menendez, do partido Democrata, acusado de facilitar vistos a estrangeiros
De acordo com a publicação, Juliana e outras duas modelos seriam amantes do Dr. Salomon Melgen, um oftalmologista conhecido nos Estados Unidos que, na época, era uma dos maiores doadores de campanha de Menendez. Juliana, que trabalhava como advogada no País, seria a "namorada nº 1" do médico.
Na ocasião, Juliana contou ao jornal americano que conhecia Melgen, mas não entrou em mais detalhes.
Tortura de animal — Dhomini (BBB3)
Um dos casos mais polêmicos de todas as edições do Big Brother Brasil aconteceu com o participante Dhomini. Na 3ª edição do programa, ele contou ao risos para o colega Yuri que havia torturado um cachorro, arrancando todos os dentes da boca do animal com um machado.
A história ganhou os principais noticiários e o caso foi parar na polícia. Na época, em entrevista à revista Veja, o delegado Luziano Severino de Carvalho, da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra o Meio Ambiente de Goiás, então responsável pelo caso, disse que a história não passou de mais um dos muitos "causos" que o goiano disparou no programa para impressionar os colegas de confinamento.
O delegado Luziano Severino de Carvalho contou que Dhomini mentiu.
— Fomos à chácara da família do Dhomini. Fizemos a reconstituição do suposto crime e, com ajuda de um veterinário, constatamos que seria impossível arrancar os dentes de um cachorro com um machado sem matar o animal. O machado provocaria lesões graves e profundas que matariam o cachorro. Na história fantasiosa, o campeão do BBB3 falou ainda que o animal viveu por mais cinco anos "até morrer de velho".
Surto de raiva — Dhomini (BBB3)
O ex-BBB também se envolveu em outro caso de polícia. Em 2014, Dhomini ficou furioso quando uma loja de materiais de construção entregou pisos diferentes do que ele havia pedido. Dhomini então decidiu quebrar todos os pisos ali mesmo na loja. Um cliente filmou e colocou as cenas nas redes sociais. O gerente da loja registrou um boletim de ocorrência contra Dhomini por constrangimento e o ex-BBB afirmou na época que entraria com processo de danos morais e materiais.
Acusação de tentativa de homicídio e estelionato— Rodrigo Cáuboi (BBB2)
O ex-BBB Rodrigo Leonel, conhecido como Caubói, venceu a segunda edição do programa. Ele foi preso em 2007 na cidade de Barretos, interior de São Paulo, ao atropelar um segurança da Festa do Peão de Barretos. Rodrigo também foi acusado de estelionato ao tentar usar uma credencial falsa no evento.
O empresário do ex-BBB declarou que ele teria usado seu adesivo de identificação do festival no carro de um amiga e que isso teria causado a confusão. Além disso, eles declararam que Rodrigo teria arrancado com o carro quando seguranças o ameaçaram e chutaram seu veículo. Na época, ele pagou fiança de R$ 30 mil e foi liberado. O segurança atropelado teve ferimentos no pé.
Pancadaria em família — Priscila Pires (BBB9)
Em 2011, a ex-BBB Priscila Pires teria se envolvido em uma confusão com a ex-cunhada, Juliana. Em um hotel de Olímpia, interior de São Paulo, policiais contaram que foram chamados ao hotel e lá encontraram Juliana e Priscila feridas. As duas foram atendidas na Santa Casa de Misericórdia local.
No boletim de ocorrência, Juliana e Priscila foram registradas como vítimas e autoras da agressão. A briga teria começado quando Juliana concordou com comentários maldosos sobre o vestido de Priscila, feitos nas redes sociais. Juliana teria chamado Priscila de "garota de programa" e a ex-BBB teria dado socos, arranhões e puxado o cabelo da cunhada. Na época, Priscila preferiu não comentar o caso.
Direção perigosa — Thyrso Mattos (BBB2)
O chef de cozinha Thyrso Mattos foi parado em uma blitz policial, em 2014, no interior de São Paulo. Depois de fazer o exame do bafômetro, foi constatado que ele estava com teor de álcool no sangue maior do que o permitido pela lei. Thyrso passou algumas horas preso e foi liberado após pagar fiança.
Na época, em entrevista ao jornal Extra, o chef negou que estivesse embriagado. Ele declarou que tinha sofrido um acidente de carro. No entanto, Thyrso teve sua carteira de motorista apreendida e pagou multa de R$ 1,9 mil.
Acusação de racismo — Fernando Fernandes (BBB2)
O ex-BBB se envolveu em um acidente de trânsito, em 2005, e se irritou com ocupantes do outro veículo e com um dos bombeiros chamados para atender as pessoas. Fernando foi acusado de usar termos racistas para se referir às pessoas. O bombeiro Nilton Jorge Oliveira teria sido chamado de "macaco". Preso, Fernando pagou fiança e foi liberado.
Briga em boate — Alan Marcelo (BBB3) e Kleber Bambam (BBB1)
Em 2007, os ex-BBBs Alan e Kleber Bambam se envolveram em uma confusão dentro de uma balada. Os dois teriam brigado e foram separados por seguranças do local, que acabaram entrando na briga. Alan e Bambam ficaram machucados, foram levados para o IML e liberados após depoimentos. Eles foram indiciados por perturbação de sossego e os seguranças do local por lesão corporal.
Vítima de agressão em casa — Cida (BBB4)
A vencedora da quarta edição do programa se casou depois de participar da competição, mas sofreu com violência doméstica. Ela denunciou o marido por agressão na frente do filho, em uma crise de ciúmes.
Vítima de homicídio — André Luis Gusmão de Almeida, o Caubói (BBB9)
Participante da nona edição do Big Brother Brasil, André Luis Gusmão de Almeida, o Caubói, foi morto com um tiro na nuca na cidade de Alumínio, na região de Sorocaba, interior de São Paulo. A polícia trabalhou com a hipótese de latrocínio e acerto de contas.
Segundo o jornal Extra, a Polícia Civíl afirmou que, na noite da morte de André, foram levados da casa do ex-BBB uma TV de tela plana e um computador. Luciana revelou ao jornal que estavam todos dormindo na chácara onde moravam, quando ouviram os cães latindo. André foi verificar o que era e não voltou mais. Luciana disse na época que acreditava que André tinha reagido para proteger a família. A Polícia também investigou a possibilidade de um acerto de contas, já que o restaurante de André teria uma dívida de R$ 60 mil.
